No último dia da janela partidária, o deputado federal Domingos Sávio saiu do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para se filiar ao Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro. Já o deputado estadual Sargento Rodrigues deixou o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
“Depois de muitas reflexões, esse momento é de decisões, de escolhas. Achei que o PL era o melhor caminho”, declarou Sávio à reportagem do Estado de Minas.
A decisão do parlamentar representa o fim de uma era. Sávio foi um dos fundadores do partido e esteve na sigla ao longo dos últimos 34 anos.
“Foi uma vida dedicada ao PSDB. Eu sempre tive muito cuidado e muito apreço pelo partido e por todos que estão lá. Saio em uma relação de amizade e de respeito”, ponderou.
De acordo com o deputado, a decisão passa por duas questões principais. A primeira, relacionada ao fim das coligações e, a segunda, à indefinição do PSDB sobre a candidatura à Presidência da República.
“As disputas partidárias até as eleições passadas se davam pela coligação na chapa de deputados como uma coisa corriqueira. Os partidos reuniam seus quadros mais competitivos, somavam-se a outros partidos e formavam uma chapa”.
Ontem, Sávio adiantou à reportagem do Estado de Minas que poderia deixar o partido por causa da disputa entre Doria e Leite para definir o pré-candidato à Presidência da República.
“A falta de decisão do PSDB deixa a gente inseguro. Precisamos de clareza, definir que posição nós vamos tomar. Está em jogo o futuro do país e não só a eleição”, afirmou.
Sargento Rodrigues
O deputado estadual Sargento Rodrigues anunciou a filiação ao PL em suas redes sociais na noite desta sexta-feira (1/4). Na publicação, ele aparece sentado ao lado de Jair Bolsonaro.
“Tive a honra de ser recebido pelo nosso Excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, que abonou minha ficha, ao lado do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, que oficializou minha filiação ao Partido Liberal”, escreveu.
Ao deixar o PTB, no qual estava desde 2018, Rodrigues vai para a terceira grande mudança partidária na sua carreira política.
Em 1998, se filiou ao velho PL e foi eleito pela primeira vez. Nos quatro mandatos consecutivos, integrou a bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT).