O presidente Jair Bolsonaro (PL) acenou aos militares nesta terça-feira (5/4), durante cerimônia no Palácio do Planalto de cumprimento aos Oficiais-Generais promovidos. Na ocasião, o chefe do Executivo apontou que as Forças Armadas “são a âncora” do país.
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Em tom nacionalista, Bolsonaro voltou a dizer que, se preciso for, dará a vida em troca da liberdade. Ele também destacou a importância do Ministério da Defesa e de quem chefia a pasta, por ter “a tropa em suas mãos”.
“Deveres, garantias, responsabilidades. Nós sempre estivemos ao lado da legalidade e tenho certeza: se a Pátria um dia voltar a nos chamar, por ela, tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida. O povo espera muito de nós, querem paz, querem tranquilidade, querem transparência, querem um governo que realmente trabalhe por eles. Tenho 23 ministros. Todos são importantes, mas um se destaca: é o da Defesa, porque tem a tropa em suas mãos. É o que, em última análise, pode fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, completou.
O presidente ainda repetiu críticas veladas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quais, segundo ele, jogam fora da Constituição. “Tudo o que queremos é que todos cumpram a nossa Constituição, que pode ter seus defeitos mas é o nosso norte aqui dentro”.
Bolsonaro se autointitulou um “soldado do Brasil” e pregou sobre “marchar junto com os militares para o bem da nação”. “Mais do que nunca, como os senhores, eu sou um soldado do Brasil. E os soldados marcham juntos para o bem da nossa nação”.
Ele aproveitou para reforçar a importância da pasta da Defesa em meio à pandemia da covid-19 e elogiou o trabalho de ex-gestores.
“Também vencemos outros desafios como atender o nosso povo por questão da covid. Tem importância o Ministério da Saúde? Obviamente que tem. Mas o da Defesa foi quem, em primeiro lugar, se apresentou para atenuar o sofrimento do nosso povo. Assim foi em Manaus, com o ministro (Eduardo) Pazuello, general de divisão que foi para a reserva. Assim são os outros ministérios, aqui há um mesclado de civis e militares que se entendem, que interagem, que têm amor a sua Pátria, que querem o melhor para o seu país”, bradou.
Corrupção
O presidente emendou que a interação de membros em sua gestão se reflete no combate ao que chamou de “um dos vírus mais mortais de que se teve notícia ao longo de décadas em nosso país: o vírus da corrupção”. Ele disse ainda que as Forças Armadas estão sempre prontas e que estão do lado do Brasil.
“Praticamente vencido. Tenho dito, se um dia aparecer alguma coisa vamos atrás. A gente lamenta, por parte de nossa imprensa, de ataques descomunais, mas quem tem a consciência tranquila, de que tem Deus ao seu lado, vence a esses obstáculos. E também quem tem Forças Armadas como essas, sempre prontas, com seu trabalho defendendo quem são e o que pretendem e de que lado estão. Estão do lado do Brasil. O nosso partido é o Brasil”, disse sem citar as denúncias no MEC, envolvendo pastores e o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Por fim, em referência ao PT, repetiu a frase de antagonismo e polarização que tem dito em viagens por onde passa nas últimas semanas: “O bem sempre venceu e vencerá também estas batalhas que temos pela frente”.