O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), empossou nessa terça-feira (05/04), Marcel Beghini como novo secretário-geral do Governo de Minas. Beghini substitui Mateus Simões, "braço direito" de Zema e que deixa o posto a pedido.
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"Vamos avançar nas discussões de composição de chapas majoritárias só lá no final de maio, junho. Então, até lá, estou de volta às minhas atividades privadas, advogando, tenho uma consultoria onde dou minhas aulas, voltando para a Assembleia, pois sou servidor de carreira", afirma Simões, que também diz aguardar maiores definições para dar os próximos passos quanto à campanha de Zema à reeleição.
"Obviamente, (estou) nas ações preparatórias para a campanha do governador, mas, do ponto de vista do futuro eleitoral, ainda estou em stand by para este momento lá de maio, junho, para a gente entender, especialmente, na conversa com nossos aliados, como é que vai ficar a composição das chapas. Essa é uma decisão para se construir em conjunto, o cenário federal impacta um pouco disso também", completou.
O empresário Zema era considerado "azarão" em 2018, na primeira disputa política da carreira, e foi eleito em segundo turno com 71,8% dos votos válidos, ao bater Antonio Anastasia (PSDB). Na ocasião, venceu praticamente sozinho a disputa, cenário que deve ser diferente em 2022, já que o Novo se mostrou mais maleável quanto às coligações e alianças políticas.
"O Novo nos autorizou a realização de coligações, já está bem conversada a questão da vaga do Senado, que deve ser composta por um partido da aliança. Agora, sobre a composição geral, o Novo está, não só aberto, como já bem avançado nas conversas com os partidos, mas essas como também dependem do fechamento das federações partidárias, que é 31 de maio, fica difícil de a gente avançar, entender como as federações vão ficar. Mas está muito claro para o Novo que teremos coligação este ano, isso não é ponto de discussão não", disse Simões.
Zema, pré-candidato à reeleição, terá nomes como Alexandre Kalil (PT), ex-prefeito de Belo Horizonte, e Carlos Viana (PL), senador, na disputa deste ano. As eleições gerais de 2022 acontecem em 2 de outubro e em 30 de outubro, caso necessário segundo turno. Além de governador, os brasileiros vão escolher presidente, senador, deputado federal e deputado estadual.
O União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, também conversa com o Novo. No radar, também, PSDB e MDB — mas as conversas precisarão passar sobre eventual união nacional das siglas.
O cenário em Minas Gerais
Embora Simões projete o aprofundamento das discussões sobre a montagem da chapa apenas em meados deste ano, o Novo já recebeu sinalizações de que deve obter o apoio de Avante, Agir e Podemos. O diretório mineiro do PP, apesar da pressão de Bolsonaro em prol da aliança com Carlos Viana, também tem o desejo de seguir com o governador.O União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, também conversa com o Novo. No radar, também, PSDB e MDB — mas as conversas precisarão passar sobre eventual união nacional das siglas.
Kalil, por sua vez, tem encaminhado o apoio do PSB. A federação à esquerda, composta por PT, PV e PCdoB, também acena ao ex-prefeito de Belo Horizonte, mas o debate sobre uma união formal, na coligação do PSD, ou um apoio informal, passa pelo espaço dado à pré-candidatura do deputado petista Reginaldo Lopes ao Senado.
O PDT, por sua vez, lançou o ex-deputado Miguel Corrêa Júnior como pré-candidato. No PSOL, o nome é a professora Lorene Figueiredo. Há, ainda, o PCB, que escolheu Renata Regina como pré-candidata.
Colaborou Guilherme Peixoto
O PDT, por sua vez, lançou o ex-deputado Miguel Corrêa Júnior como pré-candidato. No PSOL, o nome é a professora Lorene Figueiredo. Há, ainda, o PCB, que escolheu Renata Regina como pré-candidata.
Colaborou Guilherme Peixoto