O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), almoçou nesta quarta-feira (6/4) com Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à presidência da República. O encontro em Brasília (DF), segundo Pacheco, serviu para que eles debatessem o que chamou de "principais problemas do Brasil", como o preço dos combustíveis. Irmão de Ciro, o senador Cid Gomes (PDT-CE) também participou.
Leia Mais
Eleições: cantor Belo se filia ao PL, partido de Jair Bolsonaro Mateus Simões deixa Governo de Minas para preparar campanha de ZemaPSOL anuncia Lorene Figueiredo como pré-candidata ao governo de MinasParaná Pesquisas: Lula tem quase sete pontos de vantagem sobre BolsonaroLula defende o aborto seguro: 'Questão de saúde pública'Bolsonaro: 'Não entro em campanha de estado nenhum, senão não trabalho'"Apresentei os encaminhamentos dados pela presidência do Senado no sentido de buscarmos soluções para os principais desafios do país, como a aprovação do projeto de lei que alterou a regra de incidência do ICMS sobre os combustíveis para ajudar a frear a constante alta dos preços", disse Pacheco. "O ex-governador Ciro Gomes demonstrou profundo conhecimento dos temas e apontou possíveis caminhos para o desenvolvimento do país", emendou.
"Tive a honra e a alegria de ter sido convidado para almoçar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Conversamos muito sobre o Brasil", pontuou Ciro.
A mais recente pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quarta, aponta o pedetista na quarta posição da corrida presidencial, com 7% das intenções de voto. Lula, o líder, soma 44%; Bolsonaro, 26%. Na terceira posição, aparece Sergio Moro (União Brasil), com 7%. O levantamento, no entanto, foi feito em março — e, desde a semana passada, o ex-juiz está às voltas com seu novo partido sobre a dimensão do projeto que irá encampar.
PDT tenta atrair PSD para palanques regionais
O partido de Ciro tenta, a exemplo de um acordo feito no Rio de Janeiro, se aliar regionalmente à legenda de Pacheco. Em solo fluminense, há a ideia de uma chapa em torno de Rodrigo Neves (PDT) e Felipe Santa Cruz (PSD). O desejo é que o desempenho nas pesquisas defina quem será o candidato ao governo e quem ocupará o posto de vice.
Em Minas Gerais, Ciro tem relação próxima a Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo. A aproximação do ex-prefeito de Belo Horizonte a Lula, no entanto, fez com que o PDT lançasse o ex-deputado Miguel Corrêa como possível concorrente ao Palácio Tiradentes. Assim, se Kalil se unir a Lula, os trabalhistas não ficarão sem palanque formal.
A "dobradinha" Santa Cruz-Neves no Rio, aliás, chegou a servir de inspiração para os pedetistas mineiros quando Ciro esteve em BH, em fevereiro.
"O que queremos é ver se a gente consegue, pelo menos inicialmente, no nível estadual, repetir o acordo feito no Rio. E buscando com essa aproximação, naturalmente, a chegada a um acordo nacional para que possamos ficar juntos ", projetou, à época, o deputado federal Mário Heringer, presidente do PDT em Minas Gerais.