MDB, União Brasil, Cidadania e PSDB prometeram, nesta quarta-feira (6/4), anunciar um pré-candidato único à presidência da República. A ideia é apresentar o nome de consenso em 18 de maio. A decisão foi tomada após reunião dos dirigentes das legendas em Brasília (DF).
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"Conclamamos outras forças políticas democráticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros", diz o grupo, em trecho da nota.
No MDB, a pré-candidata à presidência é a senadora Simone Tebet, eleita pelo Mato Grosso do Sul (MS). No ninho tucano, o pré-candidato oficial é João Doria, ex-governador de São Paulo. Uma ala do partido, no entanto, faz movimentos em prol de Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul.
No ano passado, o Cidadania anunciou o senador Alessandro Vieira como pré-candidato, mas ele se mudou para o PSDB. Os dois partidos, aliás, debatem a possibilidade de se juntar em uma federação.
Números da 'terceira via'
A mais recente pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quarta, aponta que Moro é o nome da terceira via com menos diferença para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os líderes das sondagens eleitorais. O ex-magistrado aparece com 9%.
Doria, por sua vez, tem 2%. Paralelamente, Tebet e Leite não conseguiram atingir 1%.
Quem também tenta tomar para si a pecha de terceira via é Ciro Gomes (PDT), que somou 7% na sondagem XP/Ipespe. Mais cedo, ele se reuniu com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, que é do PSD. Os trabalhistas tentam atrair os pessedistas a seus palanques regionais.
União de partidos tem reflexos em Minas
Antes mesmo de o princípio de acordo entre os quatro partidos ter sido anunciado, a possibilidade da formação de uma frente ao centro modificou as peças no tabuleiro eleitoral de Minas Gerais. O senador Carlos Viana, pré-candidato ao governo, deixou o MDB rumo ao PL por temer que eventual aliança com o União e outras legendas tenha, também, o Novo de Romeu Zema.
"Eu não teria o apoio do MDB na eventualidade desse acordo se tornar realidade. Fui forçado a buscar outra porta", explicou ele, agora colega de partido de Bolsonaro.
O Novo, por sua vez, reconhece que as alianças formadas em Minas serão influenciadas pelo cenário nacional. A aliança com o MDB, aliás, não é descartada por Mateus Simões, ex-secretário-geral do Palácio Tiradentes e um dos articuladores de Zema.
"É uma conversa que tem de começar agora. Mas, claro: é possível, sim. Temos uma relação muito positiva com a bancada federal do MDB. E, com a bancada estadual, a relação com alguns dos deputados é antiga e muito positiva."