A declaração ocorreu durante a solenidade de promoção de oficiais-generais, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A guerra não precisa de convite. E ela chega mais cedo para os despreparados. Assim, devemos ter poder dissuasório para desencorajar, com meios convencionais, ameaças à nossa soberania", apontou.
"Tome-se a título de ilustração a invasão da Ucrânia ocorrida no último mês de fevereiro para contextualizar os desafios do Exército brasileiro, que são também certamente desafios das forças irmãs, a Marinha e a Força Aérea. Não é nenhum luxo para um país soberano ter forças armadas em condições de ser empregadas", completou.
De acordo com o general, "a guerra, de forma simples, pode ser definida como um ato de violência em que um lado tenta impor ao outro a sua vontade. Por outro ângulo, podemos dizer que a paz é a ausência de guerra".
Já o presidente Bolsonaro não discursou na ocasião e tem defendido a neutralidade em relação ao conflito no Leste Europeu.
O general citou também que é função do Estado disponibilizar recursos orçamentários para a Defesa. "A estratégia nacional de defesa prevê que ao menos 2% do Produto Interno Bruto do país devam ser destinados ao preparo das Forças Armadas. A responsabilidade pelo cumprimento e pela satisfação das demandas da Defesa Nacional não cabe exclusivamente aos militares. Ao contrário, cabe ao Estado brasileiro".
Ainda sobre a guerra na Ucrânia, citou "a guerra cibernética, restrições e bloqueios econômicos, a tentativa de imposição da narrativa pelos contendores, a ameaça da utilização de armamento nuclear, a percepção de lideranças fracas e fortes em nível mundial e o valor moral das tropas em confronto", destacando serem assuntos "que fazem parte da formação militar".
"A História uma vez mais nos mostra que a guerra ou a possibilidade de sua existência forma um elo indissociável entre os militares e a nação", concluiu.