Durante agendas pelo interior do Paraná, Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sem provas, neste sábado (9/4), sobre pessoas que, supostamente, querem implantar um regime ditatorial no Brasil. O presidente da República, que participou de uma exposição agropecuária em Londrina, assistiu, durante a manhã, a uma missa em Bandeirante.
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Pela 1ª vez, corrupção é mais relacionada a Bolsonaro do que a Lula PT e PSB devem caminhar juntos para apoiar Kalil ao governo de MinasCiro Nogueira recebeu propina do grupo J&F, segundo a PFA declaração foi dada pouco mais de uma semana após Bolsonaro voltar a subir o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 1° deste mês, o presidente mandou o magistrado "calar a boca" e "não encher o saco".
"Se não tem ideias, cale a boca! Bota a tua toga e fica aí sem encher o saco dos outros! Como atrapalham o Brasil", bradou, à época.
Em fevereiro, o presidente já havia criticado o Judiciário de forma semelhante ao afirmar que o país enfrenta uma "ditadura de canetas".
No Paraná, neste sábado, o presidente chegou a participar da missa no Santuário São Miguel Arcanjo lendo um dos ritos da celebração. De Andirá, cidade próxima a Bandeirante, partiu uma motociata para saudá-lo.
"Aqui é uma terra maravilhosa. Ninguém tem o que nós temos no mundo todo. Aqui é nossa terra. É recuperar isso aqui e 'tocar o barco'", falou, aos apoiadores do Sul do país.
Durante um trecho do bate-papo, o presidente listou ações de seu governo em prol do homem do campo, como a possibilidade de ruralistas portarem armas de fogo em toda a extensão de suas propriedades - e não mais apenas nas sedes das fazendas.
"A locomotiva da nossa economia está no campo, que não parou durante a pandemia. A cidade, em grande parte, parou", pontuou.
Até Putin foi citado
Houve tempo, também, para Bolsonaro relembrar a visita a Vladimir Putin, presidente da Rússia. O encontro de fevereiro, que serviu para os chefes debaterem a exportação de fertilizantes, ocorreu uma semana antes de os russos iniciarem a invasão à vizinha Ucrânia.
Segundo o presidente da República, o problema da inflação, que bateu recorde em março e chegou a 11,3%, não é exclusividade do Brasil.
"O mundo todo, agora, está em uma grande inflação de alimentos, fruto do pós-pandemia, do 'fique em casa, a economia a gente vê depois' e, também, da guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil desponta, no momento, como o melhor país para investimentos. Lá fora, inclusive, já começa o desabastecimento".