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Estado de Minas SUBIU O TOM

Bolsonaro: 'Não podemos deixar que dois ou três queiram impor ditadura'

No Paraná, presidente da República enalteceu o Brasil e voltou a acenar a eleitores do campo


09/04/2022 14:40 - atualizado 09/04/2022 15:05

O presidente Jair Bolsonaro participa de missa no interior paranaense
Jair Bolsonaro fez a primeira leitura da missa em Bandeirante, no Paraná (foto: Reprodução/Diego Garcia/YouTube)
Durante agendas pelo interior do Paraná, Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sem provas, neste sábado (9/4), sobre pessoas que, supostamente, querem implantar um regime ditatorial no Brasil. O presidente da República, que participou de uma exposição agropecuária em Londrina, assistiu, durante a manhã, a uma missa em Bandeirante.

"Alguns, até no próprio governo, falavam que, se desse problema aqui, iriam para fora. Até naquele país mais ao norte está ficando complicado viver. Aqui é nossa terra. Não podemos deixar que duas ou três pessoas queiram impor uma ditadura no Brasil", disse.



A declaração foi dada pouco mais de uma semana após Bolsonaro voltar a subir o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 1° deste mês, o presidente mandou o magistrado "calar a boca" e "não encher o saco".

"Se não tem ideias, cale a boca! Bota a tua toga e fica aí sem encher o saco dos outros! Como atrapalham o Brasil", bradou, à época.

Em fevereiro, o presidente já havia criticado o Judiciário de forma semelhante ao afirmar que o país enfrenta uma "ditadura de canetas".

No Paraná, neste sábado, o presidente chegou a participar da missa no Santuário São Miguel Arcanjo lendo um dos ritos da celebração. De Andirá, cidade próxima a Bandeirante, partiu uma motociata para saudá-lo.

"Aqui é uma terra maravilhosa. Ninguém tem o que nós temos no mundo todo. Aqui é nossa terra. É recuperar isso aqui e 'tocar o barco'", falou, aos apoiadores do Sul do país.



Durante um trecho do bate-papo, o presidente listou ações de seu governo em prol do homem do campo, como a possibilidade de ruralistas portarem armas de fogo em toda a extensão de suas propriedades - e não mais apenas nas sedes das fazendas.

"A locomotiva da nossa economia está no campo, que não parou durante a pandemia. A cidade, em grande parte, parou", pontuou.

Até Putin foi citado


Houve tempo, também, para Bolsonaro relembrar a visita a Vladimir Putin, presidente da Rússia. O encontro de fevereiro, que serviu para os chefes debaterem a exportação de fertilizantes, ocorreu uma semana antes de os russos iniciarem a invasão à vizinha Ucrânia.

Segundo o presidente da República, o problema da inflação, que bateu recorde em março e chegou a 11,3%, não é exclusividade do Brasil.

"O mundo todo, agora, está em uma grande inflação de alimentos, fruto do pós-pandemia, do 'fique em casa, a economia a gente vê depois' e, também, da guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil desponta, no momento, como o melhor país para investimentos. Lá fora, inclusive, já começa o desabastecimento".


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