Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) foi às redes sociais na manhã desta segunda-feira (11/04) para criticar os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nesta semana, o Legislativo vai seguir com a análise dos vetos do governador relativos a índices adicionais em um reajuste salarial para servidores da educação, da saúde e da segurança pública.
"Cuidado com as fake news daqueles que só se interessam por votos. Os servidores públicos merecem respeito, que começa por dizer a verdade, sem mentiras ou ilusão", publicou Zema, como início a uma sequência de afirmações no Twitter.
Zema vetou, na última segunda-feira (4), um reajuste adicional de 14% para segurança e saúde e 33,24% para educação. Esses índices foram inseridos pela ALMG, que emendou o projeto inicial do Governo de Minas que previa reajuste geral de 10,06%, com retroativo a janeiro de 2022 à educação, saúde e segurança - também tiveram um aumento no auxílio vestimenta.
"O reajuste de 10% é hoje o limite que o Estado consegue pagar a todos os 600 mil servidores, ativos e inativos, e terá impacto de R$ 5 bilhões/ano nas contas de Minas", afirmou Zema, em meio aos tuítes.
Grande parte dos deputados estaduais consideram os índices sugeridos via emendas o índice ideal para reajuste. Quanto à educação, por exemplo, há o argumento de que, com a correção, o piso nacional do magistério seria cumprido. Zema também refutou este ponto nas declarações no Twitter.
"Minas cumpre a lei e, inclusive, vem pagando acima do piso nacional dos professores, que é referente a 40h por semana. Aqui, o salário base inicial para o cargo de 24h é R$ 2.135. Enquanto o piso estabelecido até 2021, equivalente a 24h, seria de R$ 1.731. Com o aumento de 10% a todos os servidores de Minas, o inicial dos professores passará a R$ 2.350, ainda superior ao piso nacional, que em fevereiro foi reajustado em 33%", começa.
"Na proporcionalidade de 24h, o piso nacional foi pra R$ 2.307. Aqui, o reajuste será retroativo a janeiro de 2022 para todos os profissionais da educação. Esse pagamento é proporcional ao tempo trabalhado, conforme entendimento da Justiça, permitindo que professores ocupem mais de um cargo e, assim, tenham mais de um vencimento", complementa o governador.
A ALMG analisa, desde a última sexta-feira, os vetos de Zema, a partir de uma comissão especial - há nova reunião nesta segunda-feira. Pela composição do colegiado, a tendência é que um parecer favorável à derrubada dos vetos seja emitido e, ainda nesta semana, ele seja apreciado pelo plenário principal do Legislativo.
Caso os vetos sejam derrubados, há possibilidade de judicialização do caso. Como afirmou Zema, o Governo de Minas diz que não tem condições de arcar com os índices propostos pela Assembleia.