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Estado de Minas ADVERSÁRIOS

Bolsonaro cobra Moraes por declarações 'antidemocráticas' de Lula

O presidente defendeu a família dos parlamentares e disse que Lula promoveu uma forma de intimidar políticos; ele pressionou Moraes para tomar uma atitude


11/04/2022 14:03 - atualizado 11/04/2022 16:59

O presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de cometer "ato antidemocrático" após o petista declarar que as pessoas deveriam ir até a casa de parlamentares para pressionar a votar em projetos de seus interesses. Em uma entrevista ao jornal O Liberal, nesta segunda-feira (11/4), o chefe do Executivo ainda cobrou um posicionamento de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga este tipo de crime no país. 

 

Bolsonaro defendeu a família dos parlamentares e disse que Lula promoveu uma forma de intimidar políticos. "Tem vídeo dele (Lula) falando que é para procurar familiares, esposa, filho de parlamentar para pressionar. Ah, meu Deus do céu. Não interessa quem seja o deputado, o senador. Sua esposa e seus filhos não têm que estar nesse contexto todo aí. É uma forma de intimidar os caras. Como intimidar políticos agora, depois vai intimidar depois donos de rádio, a sua rádio está transmitindo a verdade e o PT não gosta disso, o Lula não gosta disso e estão pensando a fazer piquete aí", apontou.

 

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O presidente pressionou o ministro do STF para tomar uma atitude: "Vai começar a fazer a mesma coisa em cima de prefeituras, em cima de militares. É por aí que eles vão querer trabalhar. Isso não é de agora que o PT pretende fazer isso aí. É intimidação. Eles estão certos, tem que fazer o que eles querem senão vão atazanar a vida a sua família. Isso é um crime. Isso é um ato antidemocrático. Alexandre de Moraes, isso é um ato antidemocrático. Vai ficar quieto?".

 

 

Presidente Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista ao jornal O Liberal, na manhã desta segunda-feira (11/4)
Presidente Jair Bolsonaro (PL) critica Lula durante entrevista ao jornal O Liberal, na manhã desta segunda-feira (11/4) (foto: Reprodução/Facebook)

 

A declaração de Lula foi feita em um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na última segunda-feira (4/4). Na ocasião, ele afirmou que em um eventual governo petista, em 2023, a militância sindical deve procurar deputados e familiares para pressionarem aprovação dos projetos propostos. "Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", disse.

 


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