Jornal Estado de Minas

SUL DE MINAS

Professores protestam contra Zema em Pouso Alegre

Em Pouso Alegre, no Sul de Minas, cumprindo agenda nesta terça-feira (12/04), o governador Romeu Zema (NOVO) voltou a reafirmar que o reajuste salarial aos servidores do estado será de 10,06%, dizendo que não há condições de arcar com um valor maior.





“Estou sendo responsável. Quem tem acompanhado aí a pauta sabe que estamos tendo manifestações, greves. Mas eu fui muito claro. Estou aqui para fazer o certo. Prefiro fazer o certo e perder a eleição do que fazer o errado e ganhar a eleição. Estamos concedendo os 10% na próxima folha, ainda de abril”, afirmou o governador. 

Entretanto, ainda pela manhã, um grupo de professores foi até ao Distrito Industrial para protestar, cobrando a reposição salarial maior. Depois, o grupo seguiu para frente do Senac, onde o governador lançará o programa “Trilhas do Futuro”.

Vale destacar que, no dia 4 de abril, Zema sancionou o projeto de lei que reajusta em 10,06% os salários de todos os servidores do estado. Entretanto, o governador vetou as emendas parlamentares que aumentam os vencimentos para categorias específicas. Desde o começo do ano ele já estava afirmando que o estado não tem capacidade para pagar um aumento maior.





No entanto, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais acabou derrubando o veto na tarde desta terça-feira (12/04), por 55 votos contra e três a favor. Para derrubar o veto eram necessários 39 votos contrários e apenas os deputados Bartô (PL), Guilherme da Cunha (Novo) e Laura Serrano (Novo) votaram pela manutenção do mesmo. Além disso, servidores do estado ocuparam o plenário durante a votação e realizaram protestos a favor da derrubada.
 
Governador Romeu Zema durante coletiva de imprensa em Pouso Alegre (foto: Terra do Mandu)


O que pedem as emendas vetadas?

As emendas citadas e que foram vetadas pelo governador preveem adicional de 14% para as forças de segurança e da saúde e reajuste de 33,24% para os servidores da educação, isso além dos 10,06%.

Além disso, elas ainda propõem o pagamento de auxílio social a servidores da segurança inativos e pensionistas. O pagamento aconteceria em três parcelas anuais, cada uma correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe. Entretanto, em vez do auxílio social, Zema sancionou o auxílio fardamento, em quatro parcelas anuais apenas para servidores da ativa.

Agora, com a derrubada do veto, o governador deve transformar em lei os adicionais para saúde, educação e segurança, além do auxílio aos servidores inativos da segurança, em 48 horas. Caso o prazo seja vencido sem decisão do Executivo, a tarefa caberá à Assembleia Legislativa.
Iago Almeida - Especial para o EM