Em Pouso Alegre, no Sul de Minas, cumprindo agenda nesta terça-feira (12/04), o governador Romeu Zema (NOVO) voltou a reafirmar que o reajuste salarial aos servidores do estado será de 10,06%, dizendo que não há condições de arcar com um valor maior.
Leia Mais
CPI do Viagra: deputado apresenta requerimento para aberturaAo vivo: Alesp vota cassação de Arthur do Val, o 'Mamãe Falei'Bolsonaro admite ter negociado cargos, o que já chamou de crimeSob pressão, Betão retira denúncia contra Samantha em Bela Vista de MinasConselho de Ética aprova cassação de Arthur do ValDeputado diz que Arthur do Val virou parlamentar para 'pegar menininha'“Estou sendo responsável. Quem tem acompanhado aí a pauta sabe que estamos tendo manifestações, greves. Mas eu fui muito claro. Estou aqui para fazer o certo. Prefiro fazer o certo e perder a eleição do que fazer o errado e ganhar a eleição. Estamos concedendo os 10% na próxima folha, ainda de abril”, afirmou o governador.
Entretanto, ainda pela manhã, um grupo de professores foi até ao Distrito Industrial para protestar, cobrando a reposição salarial maior. Depois, o grupo seguiu para frente do Senac, onde o governador lançará o programa “Trilhas do Futuro”.
Vale destacar que, no dia 4 de abril, Zema sancionou o projeto de lei que reajusta em 10,06% os salários de todos os servidores do estado. Entretanto, o governador vetou as emendas parlamentares que aumentam os vencimentos para categorias específicas. Desde o começo do ano ele já estava afirmando que o estado não tem capacidade para pagar um aumento maior.
No entanto, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais acabou derrubando o veto na tarde desta terça-feira (12/04), por 55 votos contra e três a favor. Para derrubar o veto eram necessários 39 votos contrários e apenas os deputados Bartô (PL), Guilherme da Cunha (Novo) e Laura Serrano (Novo) votaram pela manutenção do mesmo. Além disso, servidores do estado ocuparam o plenário durante a votação e realizaram protestos a favor da derrubada.
O que pedem as emendas vetadas?
As emendas citadas e que foram vetadas pelo governador preveem adicional de 14% para as forças de segurança e da saúde e reajuste de 33,24% para os servidores da educação, isso além dos 10,06%.
Além disso, elas ainda propõem o pagamento de auxílio social a servidores da segurança inativos e pensionistas. O pagamento aconteceria em três parcelas anuais, cada uma correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe. Entretanto, em vez do auxílio social, Zema sancionou o auxílio fardamento, em quatro parcelas anuais apenas para servidores da ativa.
Agora, com a derrubada do veto, o governador deve transformar em lei os adicionais para saúde, educação e segurança, além do auxílio aos servidores inativos da segurança, em 48 horas. Caso o prazo seja vencido sem decisão do Executivo, a tarefa caberá à Assembleia Legislativa.
Iago Almeida - Especial para o EM