O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, deixou o comando da pré-campanha ao Planalto do também tucano João Doria. O entorno do ex-governador paulista, agora, passa a ser encabeçado por Marco Vinholi, que preside do diretório do PSDB em São Paulo.
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Doria foi escolhido como presidenciável tucano em novembro último, após derrotar o ex-governador gaúcho Eduardo Leite nas prévias internas da agremiação.
A efetivação da candidatura do paulista, no entanto, depende de aval de outros três partidos: MDB, Cidadania e União Brasil. Isso porque o PSDB se juntou às siglas para trabalhar em prol de um nome de consenso ao Palácio do Planalto. O grupo quer apresentar o escolhido em 18 de maio.
Ontem, o União anunciou que vai levar o nome de seu presidente, Luciano Bivar, à mesa de debates sobre o pré-candidato da coalizão. Uma ala do MDB, por sua vez, defende a senadora Simone Tebet (MS), que tem a simpatia do ex-presidente Michel Temer.
Mesmo Eduardo Leite, vencido por Doria na eleição tucana, não é descartado para liderar a chamada "terceira via" a Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vinholi, o novo "número um" da pré-campanha de Doria, é um dos maiores entusiastas da ideia de lançá-lo na disputa nacional.
"Eu, como milhões de brasileiros, ainda tenho esperança no nosso país. Minha esperança tem nome e sobrenome: João Doria. Com a total confiança que ele reúne as melhores condições para retomar o desenvolvimento do nosso país, vamos em frente até a vitória", afirmou, também pelas redes sociais.
Resistência interna é desafio
Embora tenha a chancela das prévias, João Doria tem encontrado obstáculos para emplacar a candidatura presidencial. O PSDB mineiro, por exemplo, tem integrantes que defendem Leite. Um dos tucanos favoráveis ao gaúcho é Aécio Neves, deputado federal por Minas Gerais. Como mostrou o Estado de Minas, ele chegou a ir ao Rio de Janeiro (RJ) se reunir com o prefeito Eduardo Paes (PSD) e, durante a conversa, falaram sobre a possibilidade de Leite liderar a terceira via nacional."Acho que o PSDB terá condições de voltar a ser protagonista no momento em que seu candidato conseguir construir uma aliança. Vejo em Eduardo Leite aquele que tem condições de convergir forças que estão, hoje, dispersas e sem uma candidatura presidencia", opinou o parlamentar, em março.