O presidente Jair Bolsonaro (PL) desafiou, nesta sexta-feira (15/4), o WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cumprirem um acordo que atrasa o acesso de usuários brasileiros a novos recursos da plataforma de conversas. Segundo o chefe do poder Executivo federal, o trato "não vai ser cumprido".
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Em fevereiro, representantes da Meta, empresa que controla o aplicativo, assinaram acordo com o TSE para evitar que a plataforma ajude no espalhamento de notícias falsas de cunho eleitoral. O adiamento do lançamento das "comunidades" vai ao encontro do trato.
Bolsonaro, porém, afirmou que pretende lutar por um Brasil com o que chamou de "liberdade total". "Não é apenas ir e vir. É liberdade de opinião, de expressão e de credo. Esse é o Brasil que nós queremos. Por isso, dou a minha vida", sentenciou.
A motociata desta Sexta da Paixão, batizada "Acelera para Cristo 2", teve a participação de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato do presidente ao governo paulista. Em registros do passeio a duas rodas, ele aparece ao lado de Bolsonaro e enrolado em uma bandeira brasileira.
Os termos do acordo WhatsApp-TSE preveem a criação de um canal mantido pela corte a fim de enviar informações eleitorais a usuários do app. Haverá, também, espaço para a denúncia de potenciais notícias falsas.