O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (16/4), que o governo pretende marcar uma reunião com o WhatsApp para debater o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão da plataforma de adiar, para o segundo turno eleitoral deste ano, a implantação de novas ferramentas no Brasil, irritou o chefe do poder Executivo federal. Ontem, ele chegou a afirmar que o trato não será cumprido.
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Bolsonaro sobre acordo entre WhatsApp e TSE: 'Não vai ser cumprido'Kalil faz primeiras inserções na TV com críticas a Zema e BolsonaroNewton Cruz, general na Ditadura Militar, morre aos 97 anosBolsonaro assiste a jogo do Santos mesmo com protesto de torcida organizadaPastor que organizou motociata de Bolsonaro recebeu R$ 5,7 mil de auxílioBolsonaro critica sistema eleitoral e pergunta a Moraes: 'Vai me prender?'Bolsonaro 'concorda' com Anitta sobre bandeira do Brasil e retuíta cantoraPor 'tranquilidade para governar', Bolsonaro pode ter Braga Netto como vice"Se ele pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também. Por que não?", continuou.
O modelo de comunidades no WhatsApp só vai chegar ao Brasil no fim do ano. O mecanismo aumenta o número de participantes em grupos. Hoje, os fóruns coletivos podem abrigar até 256 pessoas, mas com o mecanismo, passam a comportar 2.560 contas, divididas em dez chats.
Em fevereiro, representantes da Meta, empresa que controla o aplicativo, assinaram acordo com o TSE para evitar que a plataforma ajude no espalhamento de notícias falsas de cunho eleitoral. O adiamento do lançamento das "comunidades" vai ao encontro do trato.
" apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? 'Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?'", criticou Bolsonaro hoje.
Ontem, durante motociata com apoiadores, o presidente também demonstrou descontentamento e chamou a decisão do WhatsApp de "inadmissível". "Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível e inaceitável. Não vai ser cumprido esse acordo se, porventura, eles realmente tenham feito, com informações que tenho até o presente momento".
Os termos do acordo WhatsApp-TSE preveem a criação de um canal mantido pela corte a fim de enviar informações eleitorais a usuários do app. Haverá, também, espaço para a denúncia de potenciais notícias falsas.