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Estado de Minas GOVERNO FEDERAL

Bolsonaro quer reunião com WhatsApp para debater acordo com o TSE

Presidente voltou a criticar, neste sábado (16), adiamento da implementação, no país, de ferramenta lançada pelo aplicativo


16/04/2022 14:42 - atualizado 16/04/2022 15:52

Jair Bolsonaro (PL), presidente da República
Bolsonaro tem ameaçado o cumprimento de acordo entre WhatsApp e o TSE (foto: FILIPE ARAUJO / AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (16/4), que o governo pretende marcar uma reunião com o WhatsApp para debater o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão da plataforma de adiar, para o segundo turno eleitoral deste ano, a implantação de novas ferramentas no Brasil, irritou o chefe do poder Executivo federal. Ontem, ele chegou a afirmar que o trato não será cumprido.

"Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações], vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar [o acordo]", afirmou o presidente, em entrevista à "CNN Brasil", no Guarujá (SP).

"Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também. Por que não?", continuou.

O modelo de comunidades no WhatsApp só vai chegar ao Brasil no fim do ano. O mecanismo aumenta o número de participantes em grupos. Hoje, os fóruns coletivos podem abrigar até 256 pessoas, mas com o mecanismo, passam a comportar 2.560 contas, divididas em dez chats.

Em fevereiro, representantes da Meta, empresa que controla o aplicativo, assinaram acordo com o TSE para evitar que a plataforma ajude no espalhamento de notícias falsas de cunho eleitoral. O adiamento do lançamento das "comunidades" vai ao encontro do trato.

"[Por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? 'Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?'", criticou Bolsonaro hoje.

Ontem, durante motociata com apoiadores, o presidente também demonstrou descontentamento e chamou a decisão do WhatsApp de "inadmissível". "Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inadmissível e inaceitável. Não vai ser cumprido esse acordo se, porventura, eles realmente tenham feito, com informações que tenho até o presente momento".

Os termos do acordo WhatsApp-TSE preveem a criação de um canal mantido pela corte a fim de enviar informações eleitorais a usuários do app. Haverá, também, espaço para a denúncia de potenciais notícias falsas.


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