Favorito para ser o vice-candidato de Alexandre Kalil (PSD) na disputa pelo governo mineiro, o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), disse ter recebido convite do governador Romeu Zema (Novo) para ser seu parceiro de chapa. A sondagem, segundo o parlamentar contou em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, ocorreu no início do ano passado.
"Zema é quem, no último ano, só fala de eleição. Ele está obcecado com essa narrativa que nada justifica a inabilidade do seu governo em dialogar com o Parlamento e o funcionalismo público. Inclusive, no início de 2021, foi ele quem me procurou para ser seu vice, dois anos antes da eleição. Quem está preocupado com eleição aqui é ele", afirmou o deputado, em conteúdo publicado neste domingo (17/4).
Hoje rivais políticos, Agostinho e Zema têm travado embates frequentes. Na semana passada, eles trocaram farpas públicas por causa da decisão dos parlamentares estaduais de derrubar o veto do poder Executivo ao reajuste ampliado a parte do funcionalismo. Cinquenta e cinco dos 77 deputados aprovaram a concessão de aumento adicional de 14% a profissionais de saúde e segurança, bem como o crescimento de 33,24% dos vencimentos dos professores. Os índices são complemento ao reajuste geral de 10,06% oferecido pelo Palácio Tiradentes.
O governador relacionou o revés no Legislativo à possibilidade de o presidente da Assembleia fazer dupla com Kalil na eleição e chegou a dizer que o deputado, além de "altamente nocivo" tem um "projeto pessoal de poder". Embora reconheça a possibilidade de ser o vice do ex-prefeito de Belo Horizonte, Agostinho não crê em definição imediata do assunto.
"Fico muito honrado com a possibilidade de ser vice na chapa com Kalil. Mas ainda há muito o que ser definido, seja em âmbito nacional, seja ao nível estadual, para que se possa fechar essa questão e formalizar uma parceria", assinalou. "Acredito que dentro de 30 ou 60 dias teremos um cenário mais bem definido para decidir sobre a composição das chapas", emendou.
O governo mineiro foi procurado ontem para comentar as falas de Agostinho sobre o convite eleitoral de Zema. Se houver resposta a respeito do tema, este texto será atualizado.
Como mostrou o EM ainda no ano passado, Agostinho sempre esteve bem cotado para uma eventual composição com Kalil rumo à eleição mineira. No fim de março, a reportagem revelou que o deputado estadual já acenou positivamente à ideia de ser o vice-candidato.
O presidente da Assembleia deixou o PV rumo ao PSD nos momentos finais da janela partidária. O candidato de Kalil ao Senado Federal é o também pessedista Alexandre Silveira, presidente da legenda em Minas.
A chapa pura do PSD traz reflexos ao PT, que considera a possibilidade de apoiar Kalil, mas não abre mão de lançar o deputado federal Reginaldo Lopes na disputa pelo assento de senador. Para viabilizar a candidatura do parlamentar, uma das possibilidades é dar apoio informal ao ex-prefeito de Belo Horizonte.
Nesse cenário, Luiz Inácio Lula da Silva, simpático a Kalil, poderia, inclusive, dividir o palanque com ele. O PT, porém, não estaria formalmente na coligação liderada pelo PSD - e não conseguiria, por exemplo, contribuir com tempo de televisão para estender as propagandas de Kalil.
Do outro lado, o entorno de Zema ainda debate as possíveis composições de chapa, mas o governador já afirmou, publicamente, sobre a preferência por um vice vindo de fora do Novo.
"Se depender de mim, quero que esse candidato [a vice]. Até para mostrar que o partido Novo é aberto e está disposto a fazer alianças", pontuou, na terça-feira (12), em Pouso Alegre, no Sul de Minas.
O deputado federal Bilac Pinto, do União Brasil, é um dos nomes que chegou a ganhar força para ocupar a vaga. Marcelo Aro (PP), líder de Zema no Congresso, também é uma das hipóteses aventadas. O ex-secretário-geral da gestão estadual, Mateus Simões (Novo), por sua vez, pode ser opção em caso de "solução caseira".
Neste momento, o arco de alianças de Zema, além do PP e do União, tem partidos como Avante, Agir e Podemos. Parte da cúpula mineira do PL de Jair Bolsonaro também fez acenos ao governo, mas a chegada do pré-candidato Carlos Viana, que tem o aval do presidente da República, embolou o cenário.
"Zema é quem, no último ano, só fala de eleição. Ele está obcecado com essa narrativa que nada justifica a inabilidade do seu governo em dialogar com o Parlamento e o funcionalismo público. Inclusive, no início de 2021, foi ele quem me procurou para ser seu vice, dois anos antes da eleição. Quem está preocupado com eleição aqui é ele", afirmou o deputado, em conteúdo publicado neste domingo (17/4).
Hoje rivais políticos, Agostinho e Zema têm travado embates frequentes. Na semana passada, eles trocaram farpas públicas por causa da decisão dos parlamentares estaduais de derrubar o veto do poder Executivo ao reajuste ampliado a parte do funcionalismo. Cinquenta e cinco dos 77 deputados aprovaram a concessão de aumento adicional de 14% a profissionais de saúde e segurança, bem como o crescimento de 33,24% dos vencimentos dos professores. Os índices são complemento ao reajuste geral de 10,06% oferecido pelo Palácio Tiradentes.
O governador relacionou o revés no Legislativo à possibilidade de o presidente da Assembleia fazer dupla com Kalil na eleição e chegou a dizer que o deputado, além de "altamente nocivo" tem um "projeto pessoal de poder". Embora reconheça a possibilidade de ser o vice do ex-prefeito de Belo Horizonte, Agostinho não crê em definição imediata do assunto.
"Fico muito honrado com a possibilidade de ser vice na chapa com Kalil. Mas ainda há muito o que ser definido, seja em âmbito nacional, seja ao nível estadual, para que se possa fechar essa questão e formalizar uma parceria", assinalou. "Acredito que dentro de 30 ou 60 dias teremos um cenário mais bem definido para decidir sobre a composição das chapas", emendou.
O governo mineiro foi procurado ontem para comentar as falas de Agostinho sobre o convite eleitoral de Zema. Se houver resposta a respeito do tema, este texto será atualizado.
Chapa de Kalil pode ser puro-sangue
Como mostrou o EM ainda no ano passado, Agostinho sempre esteve bem cotado para uma eventual composição com Kalil rumo à eleição mineira. No fim de março, a reportagem revelou que o deputado estadual já acenou positivamente à ideia de ser o vice-candidato.
O presidente da Assembleia deixou o PV rumo ao PSD nos momentos finais da janela partidária. O candidato de Kalil ao Senado Federal é o também pessedista Alexandre Silveira, presidente da legenda em Minas.
A chapa pura do PSD traz reflexos ao PT, que considera a possibilidade de apoiar Kalil, mas não abre mão de lançar o deputado federal Reginaldo Lopes na disputa pelo assento de senador. Para viabilizar a candidatura do parlamentar, uma das possibilidades é dar apoio informal ao ex-prefeito de Belo Horizonte.
Nesse cenário, Luiz Inácio Lula da Silva, simpático a Kalil, poderia, inclusive, dividir o palanque com ele. O PT, porém, não estaria formalmente na coligação liderada pelo PSD - e não conseguiria, por exemplo, contribuir com tempo de televisão para estender as propagandas de Kalil.
Zema quer vice de outro partido
Do outro lado, o entorno de Zema ainda debate as possíveis composições de chapa, mas o governador já afirmou, publicamente, sobre a preferência por um vice vindo de fora do Novo.
"Se depender de mim, quero que esse candidato [a vice]. Até para mostrar que o partido Novo é aberto e está disposto a fazer alianças", pontuou, na terça-feira (12), em Pouso Alegre, no Sul de Minas.
O deputado federal Bilac Pinto, do União Brasil, é um dos nomes que chegou a ganhar força para ocupar a vaga. Marcelo Aro (PP), líder de Zema no Congresso, também é uma das hipóteses aventadas. O ex-secretário-geral da gestão estadual, Mateus Simões (Novo), por sua vez, pode ser opção em caso de "solução caseira".
Neste momento, o arco de alianças de Zema, além do PP e do União, tem partidos como Avante, Agir e Podemos. Parte da cúpula mineira do PL de Jair Bolsonaro também fez acenos ao governo, mas a chegada do pré-candidato Carlos Viana, que tem o aval do presidente da República, embolou o cenário.