Jornal Estado de Minas

GOVERNO DE MINAS

Reajuste: Zema responde Pimentel e lembra 'dívidas e salários atrasados'

Governador de Minas Gerais desde 2019, Romeu Zema (Novo) respondeu nesta segunda-feira (18/04) o antecessor Fernando Pimentel (PT) quanto ao veto ao reajuste ampliado para servidores estaduais. Zema utilizou as redes sociais para afirmar que o petista deixou o funcionalismo com dificuldades financeiras, como atraso de salário.





"O antigo governador Pimentel, tem dado entrevistas cobrando que minha gestão dê ao funcionalismo público aumentos superiores aos 10% que podemos pagar. Lembro que além das dívidas e salários atrasados, até nome sujo no SPC, foi o que a turma dele deixou aos servidores de Minas", escreveu Zema, no Twitter.

O atual governador mineiro ainda utilizou uma tag para se referir à situação como "assombração", já que o salário está em dia desde agosto de 2021 após consecutivos atrasos. Em 2018, ano em que Zema debutou na política, Pimentel ficou no primeiro turno, com vitória do novista no segundo - com 71,8% dos votos válidos - sobre Antonio Anastasia (PSDB).

"Esse passado no vermelho, nós mineiros não aceitamos mais. #SaiPraLáAssombração", complementou Zema, que deve tentar reeleição nas eleições gerais de 2022, em outubro. Pimentel é cotado para tentar uma cadeira como deputado federal no pleito.




 

Pimentel rebate 

 
Pimentel também foi às redes sociais para abordar as afirmações de Zema. "Parece que a proximidade das eleições está deixando o atual governador descontrolado. Aliado incondicional de Bolsonaro, ele agora quer censurar as críticas", começa.
 
"Continua obcecado com o passado, mas não consegue explicar porquê o gigantesco saldo das contas do Estado não pode ser usado pra pagar o piso da Educação e o acordo com a Segurança, enquanto amplia as isenções fiscais para os amigos... Como bem disse o presidente da ALMG, Zema 'governa para os ricos. Os ricos não pagam impostos e a população paga o pato'", completou o ex-governador. 

Zema vetou, em 4 de abril deste ano, um reajuste ampliado de 14% para segurança pública e saúde e 33,24% para educação, mantendo uma recomposição de 10,06% a todo funcionalismo público. A negativa do governador, contudo, foi derrubada na última terça-feira (12) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

"Da mentira eleitoreira aprovada hoje por deputados estaduais na Assembleia, de aumentos superiores ao funcionalismo público de Minas, a pergunta é: Quem vai assinar o cheque de R$ 9 bilhões pra pagar a conta?", afirmou Zema, no dia em que o veto foi derrubado. Com o argumento de prezar pela "responsabilidade fiscal e a legalidade", o Governo de Minas vai ingressar na Justiça para tentar impedir a recomposição adicional.