Depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional por causa da COVID-19 no Brasil, os senadores que participaram da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado usaram as redes sociais para repudiar a ação do ministro.
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No Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI, chamou Queiroga de “cara de pau”.
“É muita cara de pau o Queiroga ir até a TV falar que eles fizeram algo para salvar vidas. Se não fosse a CPI da COVID, não existiam vacinas e sim propina para os integrantes do governo. A vacina está garantindo a superação da pandemia. O governo garantiu a crise”, escreveu.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), também falou contra a ação do ministro da Saúde.
De acordo com ele, não se acaba uma pandemia por um decreto como também não extingue a corrupção por decreto ou sigilo.
“Mais uma barbaridade negacionista do governo brasileiro cujo boicote à ciência foi responsável por um dos piores enfrentamentos da COVID no mundo”, disse.
“Mais uma barbaridade negacionista do governo brasileiro cujo boicote à ciência foi responsável por um dos piores enfrentamentos da COVID no mundo”, disse.
De acordo com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), decretar o fim da Emergência Sanitária contraria as principais ciências do mundo. “São mais de 600 mil mortos e um desgoverno que boicotou a vacinação e as medidas sanitárias. Não podia e não precisava ter sido assim”, afirmou.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE), relembrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve responder à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o alto nível de mortalidade da COVID no país.
“Já são mais de 661 mil brasileiros mortos. Ano passado, a CPI da COVID exerceu papel fundamental denunciando as omissões e o negacionismo do desgoverno Bolsonaro existindo a vacinação de todos”, disse.
“Já são mais de 661 mil brasileiros mortos. Ano passado, a CPI da COVID exerceu papel fundamental denunciando as omissões e o negacionismo do desgoverno Bolsonaro existindo a vacinação de todos”, disse.
Ministério da Saúde
No domingo (17/4), Marcelo Queiroga anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional por causa da COVID durante pronunciamento em rede nacional.
Queiroga disse que a campanha de vacinação contra a doença foi a maior da história e que mais de 73% da população brasileira tinha completado o ciclo vacinal. Nos próximos dias, vai ser publicado o decreto com a decisão do governo federal.
*Até o fechamento desta matéria, nenhum senador governista que participou efetivamente da CPI da COVID se pronunciou sobre a ação de Queiroga.