Presidente do Cruzeiro desde 2020 e peça importante na transição do clube para o modelo Sociedade Anônima de Futebol (SAF), Sérgio Santos Rodrigues esteve em Itabira, na manhã de hoje (18), para falar justamente sobre a nova ideia de gestão perpetuada no futebol brasileiro.
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Na sequência, entretanto, Sérgio foi provocado por João Mário de Brito, que o aconselhou a admitir a futura candidatura o quanto antes para “ninguém fazer outros compromissos”. Diante da declaração do presidente do Dragão, o advogado enfatizou que “caminha” para isso.
“É um caminho, mas não tenho nenhuma definição porque não existe candidatura registrada, eu sou filiado. Se vou ser? Caminha para isso, mas como não tem registro, não há nada ainda”, completou Sérgio Santos Rodrigues.
Gestão profissional
O presidente do Cruzeiro também falou sobre o desafio de implantar uma gestão de cunho empresarial, como é a SAF, em um meio tão peculiar e passional como o futebol. Para ele, a transformação em clube-empresa acaba por “despolitizar” as agremiações esportivas do país.
“Eu acho que a gente tocar esse meio de uma forma profissional acaba sendo natural, vários clubes já agem assim. E acho que talvez tenha sido uma das grandes vantagens que a gente conseguiu. Ao fazer isso, você vai despolitizar o futebol, de alguma forma, impedindo que as decisões sejam tomadas de forma mais emocional. Então acho que é possível acontecer, sim, e estamos vendo outros clubes, que já são SAF, fazendo isso.”
Ainda sobre isso, Sérgio utilizou a própria Raposa para exemplificar seu comentário. “Não é fácil, é uma quebra de paradigma. Sobretudo em clubes como o Cruzeiro, que você tinha essa questão do conselho muito enraizado, conselheiro que vai muito no clube, quer participar. Tem que partir da gente esse desprendimento de deixar a equipe profissional tocar, tomar as decisões que às vezes sabemos ser complicadas”, finaliza.