A Assembleia Legislativa encerrou, nesta terça-feira (19/4), as atividades do bloco parlamentar ligado ao governo de Romeu Zema (Novo). A maior parte dos deputados estaduais governistas compunham a coalizão, extinta por causa da saída de Neilando Pimenta do Podemos rumo ao PSB. A transferência deixou o grupo com 15 componentes - um a menos do que o necessário para a formação de um bloco no Parlamento mineiro.
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"Os deputados que estão com o governo, vão continuar com o governo", disse, ao Estado de Minas, o líder do governo na Assembleia, Gustavo Valadares (PMN). " não muda nada na relação do Governo com os deputados", emendou.
O governo estadual tem aliados mesmo fora da base "oficial". É o caso do Partido Liberal (PL), legenda que, formalmente, integra a oposição, mas na prática, tem deputados que votam com Zema e endossam ações da gestão. Um dos parceiros informais do governo na agremiação liberal é Léo Portela.
Gustavo Valadares afirmou que espera uma reunião do Colégio de Líderes da Assembleia, com a participação do presidente Agostinho Patrus (PSD), para repercutir as mudanças partidárias ocorridas durante a janela encerrada no fim de março.
O período de trocas alterou a filiação de 26 dos 77 deputados mineiros. O bloco governista na Assembleia levava o nome de Luiz Humberto Carneiro, deputado estadual do PSDB que morreu no ano passado, em virtude da COVID-19. O tucano foi o primeiro líder de Zema no Legislativo.
Oposição cresce a reboque do PL
Neste momento, a Assembleia passa a ter, em termos oficiais, dois blocos parlamentares. O maior deles é o grupo de deputados independentes à gestão de Zema, com 36 integrantes, divididos entre PSD, MDB, Cidadania, Patriota, PDT, PTB, Republicanos, PV e União Brasil.
A oposição, por sua vez, é liderada pelo PT. O ajuntamento conta ainda com PSB, Pros, PCdoB, Rede e PL. A chegada de políticos simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro à agremiação liberal, aliás, fez crescer substancialmente o grupo de oposição. Agora, o cordão tem 23 deputados.