A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou, em assembleia, o “indicativo de recomendação de operação-padrão e redução de produtividade nas atividades administrativas de fiscalização, bem como indicativo de paralisação das atividades junto com os demais cargos da PF, esta última a ser ratificada em assembleia no dia 02 de maio.”
A medida é uma reação “ à clara omissão do Governo Federal, que até o momento não assinou Medida Provisória de Reestruturação das Carreiras Policiais Federais, cujo orçamento de 1,7 bilhão já foi aprovado pelo Congresso”, afirma a ADPF, em nota pública hoje.
“Não ficaremos inertes “
A entidade alerta que “caso o presidente da República, Jair Bolsonaro, descumpra o compromisso público assumido por ele diversas vezes, os policiais da União não se manterão inertes diante do uso da valorização da segurança pública e da excelente imagem da Polícia Federal como ferramenta publicitária e de marketing político.”
A classe se reuniu em assembleia na última terça-feira (19/4) para decidir e alinhar providências.
“O sentimento de frustração da categoria se amplifica diante do noticiado reajuste linear para os servidores públicos federais”, destaca a entidade.
Ato de mobilização
Está prevista também a realização, no próximo dia 28 de abril (quinta-feira), de mobilização de todos os policiais federais. O ato acontecerá em todas as unidades da Polícia Federal espalhadas pelo Brasil.
A ADPF também apresentará ao Diretor-Geral da Polícia Federal, um comunicado que recomenda a todos os delegados federais que não viajem em missão sem o pagamento prévio de diárias, bem como estabeleça, em 30 dias, critérios para compensação ou remuneração do regime de sobreaviso, que tanto sobrecarrega os policiais.