A compra do Twitter por Elon Musk foi recebida com euforia no Brasil, principalmente por partidários do presidente Jair Bolsonaro, que comemoram o "fim da censura" neste ano eleitoral.
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FIJ considera que compra do Twitter por Musk ameaça liberdade de imprensaTwitter de Musk preocupa analista e ativistasComissário europeu diz que Twitter deverá 'se adaptar' às regras da UETwitter anuncia que processará Musk para fazer cumprir acordo de compraElon Musk já está no Brasil para reunião com Bolsonaro sobre a Amazônia Por que boom de seguidores de Bolsonaro após anúncio de compra do Twitter intriga especialistasLula diz que, se eleito, irá revogar sigilo de 100 anos de Bolsonaro"A compra do @Twitter por @elonmusk é um importante passo na luta pelas liberdades", escreveu a deputada bolsonarista Bia Kicis, pouco depois da confirmação oficial da compra da rede social.
"A liberdade é mesmo algo maravilhoso. Permite que os insatisfeitos com o fim da censura no @twitter retirem-se da rede sem qualquer problema", ironizou em outra postagem.
O deputado Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente, também se referiu ao tema: "@elonmusk não censurou ninguém. Pelo contrário, vários estão voltando para o Twitter. Mas bastou o novo dono prometer liberdade de expressão que alguns já se vão".
Jair Bolsonaro comentou sobre eventuais saídas de usuários do Twitter descontentes com a aquisição, ao compartilhar um artigo do site de notícias UOL que explicava como desativar uma conta. "Bom artigo", afirmou.
"Elon Musk nadando nas lágrimas da esquerda global", ironizou a deputada Carla Zambelli, fiel seguidora bolsonarista.
Devido as atuais políticas de controle no Twitter, diversas publicações de Bolsonaro foram excluídas da rede social por "desinformação".
No mês passado, o presidente reagiu com veemência à ameaça judicial de bloquear o Telegram, sua rede social preferida, devido ao descumprimento de ordens que pediam a eliminação de contas difusoras de 'fake news'.
Há duas semanas, Bolsonaro também classificou de "inadmissível" um acordo entre o aplicativo WhatsApp e o Tribunal Superior Eleitoral, TSE, com o objetivo de "combater a desinformação".
O aplicativo de mensagens instantâneas propôs adiar até o fim do processo eleitoral o lançamento de uma nova modalidade no Brasil, já disponível em outros países, que permite a criação de grupos maiores para o envio de mensagens coletivas.
Durante a campanha presidencial de 2018, o WshatApp foi um dos maiores difusores de informações falsas no país.