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Estado de Minas ELEIÇÃO NACIONAL

Deputados do PSD tentam convencer partido a apoiar Bolsonaro em Minas

Em meio a acenos mútuos entre Lula e Kalil, parte do partido do ex-prefeito de BH quer dar palanque ao atual presidente da República


26/04/2022 15:46 - atualizado 26/04/2022 16:00

O deputado federal Subtenente Gonzaga
Subtenente Gonzaga (foto) é um dos defensores do apoio do PSD a Bolsonaro (foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados )
Deputados federais do PSD em Minas Gerais defendem o apoio do partido à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de o pré-candidato da sigla ao governo, Alexandre Kalil, não descartar aliança com Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, os parlamentares pessedistas se reuniram com o senador Alexandre Silveira, presidente da agremiação no estado, para advogar pela caminhada ao lado de Bolsonaro.

A conversa dos deputados com Silveira ocorreu na quinta-feira (21/4). O grupo levou ao líder do PSD em Minas a ideia de priorizar a reeleição dele ao Senado Federal. Estiveram presentes os quatro deputados pessedistas eleitos pelo estado: Diego Andrade, Subtenente Gonzaga, Stefano Aguiar e Misael Varella.

"Levamos [a Alexandre Silveira] o sentimento da bancada [sobre apoiar Bolsonaro]. Reconheço que o partido tem instâncias de decisão que, naturalmente, vão debater e, em algum momento, deliberar", disse Gonzaga, ao Estado de Minas. Ligado às forças de segurança e uma das vozes da mobilização dos agentes policiais do estado, o deputado deixou o PDT recentemente por causa, justamente, da simpatia a Bolsonaro.

Kalil se encontrou com petistas no interior


O movimento dos deputados pessedistas ocorreu um dia após um encontro de Kalil com parlamentares do PT em Pirapora, no Norte do estado. Acompanhado do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PSD), favorito a ser o vice-candidato da chapa, ele recebeu a cidadania honorária da cidade e foi recepcionado por petistas.

Uma foto do evento mostra Kalil ao lado dos deputados estaduais Leninha e Virgílio Guimarães. O parlamentar federal Paulo Guedes também aparece.

"Fizemos uma recepção para ele antes da entrega do título. Não foi reunião partidária, mas um encontro com prefeitos, lideranças e vereadores de 38 cidades, que vieram para um bate-papo com Kalil", afirmou Guedes à reportagem, na semana passada.

Setores do PT defendem uma aliança a Kalil já no primeiro turno, mas os moldes da união esbarram na corrida ao Senado. Isso porque, enquanto os petistas não abrem mão de lançar o deputado federal Reginaldo Lopes, o PSD trabalha por Alexandre Silveira.

 Em meio ao hipotético arranjo Kalil-Lula e ao desejo dos deputados por Bolsonaro, Silveira, segundo apurou a reportagem, tem optado pela mediação. A ideia dele é ter pontes de diálogo com as duas correntes do partido.

 

 

 

 


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