O ex-presidente Lula (PT) afirmou, nesta terça-feira (26/4), que o povo evangélico tem que saber que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "não acredita em Deus". Ele também disse que os religiosos nunca foram tão respeitados quanto no governo dele, e que o diálogo tem que ser feito não com os pastores, mas com a população.
"[Os evangélicos] têm que saber que o presidente atual não acredita em Deus, ele é mentiroso até nisso. Olha os olhos dele quando ele fala em Deus. Aquilo é uma peça eleitoral, que ele tramou com outros pastores”, afirmou o presidenciável. Lula disse ainda que as ações de Bolsonaro não condizem com as de um cristão.
A fala foi dada durante coletiva de imprensa com youtubers e jornalistas, que teve duração de mais de três horas. Ela ocorre após crise no governo Bolsonaro envolvendo a atuação de dois pastores no Ministério da Educação. Recentemente, ainda, Lula foi fortemente atacado pelos evangélicos após falar que o aborto deve ser tratado como problema de saúde pública, no último dia 5 de abril.
Agora, o petista defende que os religiosos nunca foram tão respeitados quanto no governo dele. “Pode pegar o cara que menos gostar de mim. Ele vai dizer: no tempo do Lula, o povo evangélico comia mais, ganhava mais, porque o salário mínimo era aumentado todo ano”, afirmou o pré-candidato.
Lula ainda fez distinção entre os pastores que apoiam o atual governo e os evangélicos. “A gente não tem que conversar com pastor. Ir atrás daquele farofeiro que fala, fala e fala em nome de Deus, cometendo pecado todo dia. (...) Nós temos que conversar é com o povo, com o homem e a mulher evangélicos”.