A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quinta-feira (28/04) a decisão a respeito da ação movida por Lula (PT) em 2016 sobre as condenações na Operação Lava-Jato. O órgão, por meio do Comitê de Direitos Humanos, considera que o petista, presidente da República entre 2003 e 2010, teve direitos violados e foi alvo de um julgamento sem a devida parcialidade.
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Bolsonaro sobre ausência de Lula na Marcha dos Municípios: 'Amarelou'Comitê da ONU conclui que Moro foi parcial em julgamento de LulaDeputados do PT querem que Moro seja obrigado a ressarcir cofres públicosLula afirma que Bolsonaro não gosta de gente, apenas de policialPacheco: 'Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições'Lula vence em todos os cenários em eventual segundo turno, diz pesquisaEm outro ponto da decisão, a ONU diz que Lula, apesar das anulações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso - no qual julgou o então juiz federal Sergio Moro como parcial -, o ex-presidente não teve os danos reparados. Uma das sanções, por exemplo, foi a impossibilidade de se candidatar à Presidência da República nas eleições gerais de 2018, quando Jair Bolsonaro (PL) venceu.
"Embora o Supremo Tribunal Federal tenha anulado a condenação e prisão de Lula em 2021, essas decisões não foram suficientemente oportunas e efetivas para evitar ou reparar as violações", também diz Bulkan.
À época, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As suspeitas se deram por conta do caso do triplex em Guarujá, cidade do litoral de São Paulo.
A ONU ainda pode publicar, nos próximos dias, medidas para reparar os danos sofridos por Lula. O ex-presidente foi representado pelos advogados Valeska Zanin Martins, Cristiano Zanin Martins e Geoffrey Robertson.
A queixa feita junto ao órgão internacional inclui a detenção de Lula pela Polícia Federal em uma sala do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2016, considerada arbitrária pela defesa; a parcialidade do processo e do julgamento; a difusão de mensagens privadas de Lula e família; e a impossibilidade de concorrer em 2018.