O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (29/4) que seu compromisso no pleito a governador de Pernambuco é o apoio ao deputado federal Danilo Cabral, do PSB, mas que "lamenta profundamente" a saída da também deputada Marília Arraes do PT para o Solidariedade.
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Vídeo explica como são feitas pesquisas eleitoraisBolsonaro defende voto de Mendonça contra Silveira: 'Pessoa de princípios'Bolsonaro reclama de pena, mas diz que Silveira falou 'coisas absurdas'Leonardo DiCaprio pede para que jovens brasileiros tirem título de eleitorA fala foi dada em entrevista nesta manhã à rádio Jornal de Pernambuco. Marília lidera as pesquisas de intenção de voto ao governo do estado, com 26%, segundo Pesquisa Conectar divulgada na última quarta-feira (27). Danilo, segundo a mesma pesquisa, tem apenas 5%.
"Embora eu mantenha toda a relação de respeito, porque eu não misturo minha relação pessoal com minha relação política, embora eu mantenha minha boa relação com a Marília, eu vou trabalhar para que o Danilo seja o governador do estado de Pernambuco. É esse meu compromisso com o PSB, e o compromisso do PSB é me ajudar a me eleger presidente da República", afirmou Lula.
Segundo o ex-presidente, a deputada era preferida do PT para concorrer ao Senado Federal, enquanto o senador Humberto Costa era a pessoa que deveria ter sido indicada ao governo estadual. O senador, porém, retirou sua candidatura para que o PSB pudesse lançar Danilo Cabral, e Marília decidiu sair do PT "por problemas internos".
"Então, meu candidato a governador no estado de Pernambuco é o Danilo , porque nós temos um acordo com o PSB. Esse acordo não é apenas em Pernambuco, é nacional", reforçou Lula. "É um acordo que nos interessa porque, agora, o Alckmin faz parte do PSB. O nosso companheiro governador do Maranhão faz parte do PSB. Então, o PSB ganhou uma dimensão nacional importante."
Uso de imagem
Questionado, o presidenciável afirmou que não haverá problemas no uso de sua imagem pela campanha de Marília, mas que seu apoio oficial é mesmo de Danilo Cabral. "Vai ter gente, inclusive de outros partidos mais conservadores, que vai querer trabalhar minha candidatura para presidente, e eu, obviamente, não vou brigar com ninguém. Quanto mais voto melhor para ganhar as eleições", pontuou Lula.