Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente e atual pré-candiato ao Planalto, discursou para mulheres na perifeira de São Paulo, neste sábado (30/4). Enquanto fazia algumas acusações contra o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), Lula cometeu a gafe de fazer uma distinção entre policial e gente.
"Hoje temos um presidente que não derramou uma lágrima, pelas vítimas da COVID ou com a catástrofe que houve em Petrôpolis, no Rio de Janeiro. Ele não tem sentimento. Ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livros, ele gosta de armas", disse Lula em discurso.
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Lula afirmou ainda que "metade da inflação" enfrentada hoje pelo brasileiro é culpa do governo, responsável pelas políticas de energia e combustível. "Ele não tem vergonha na cara", completou, ao falar sobre a fome. "Somos o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Não tem explicação ter gente passando fome no Brasil."
Devolver a dignidade
O ex-presidente disse que só se coloca como pré-candidato para devolver a dignidade ao povo pobre. "Meu compromisso não é com o banqueiro, com o alto empresariado ou com o fazendeiro, mas com o povo pobre", afirmou, dizendo em seguida que não quer "tirar nada de ninguém".
Haddad usou o simbolismo da apresentação para criticar Bolsonaro e o ex-governador João Doria (PSDB). Pré-candidato ao governo paulista, ele citou o preço alto da gasolina e dos pedágios pagos nas rodovias do Estado para explicar, em parte, porque a inflação está alta.
Em um discurso rápido, Haddad ainda afirmou que Doria aumentou os impostos que incidem sobre a cesta básica. "Chegamos nessa situação por termos maus governos nos âmbitos estadual e federal. O Bolsodoria não deu certo pra ninguém", disse.