Segundo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a tarefa de "reconstruir" o Brasil será mais árdua do que a disputa ante Jair Bolsonaro (PL) na eleição de outubro. Neste sábado (7/5), o petista foi oficializado pré-candidato a presidente e fez discurso em prol da união. Segundo ele, é preciso esquecer "mágoas" e "ressentimentos" em prol de um projeto nacional.
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Lula lembrou o tempo em que esteve preso em Curitiba (PR) e disse ser vítima de uma perseguição. As condenações que pesavam sobre ele no âmbito da Operação Lava Jato foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.
"Fui vítima de uma das maiores perseguições políticas e jurídicas da história deste país, fato reconhecido pela Suprema Corte Brasileira e pela Organização das Nações Unidas (ONU)", afirmou.
Em menção indireta a Bolsonaro, o petista pregou a paz. "Não faremos jamais como o nosso adversário, que tenta mascarar a sua incompetência brigando o tempo todo com todo mundo, e mentindo sete vezes por dia. A verdade liberta, e o Brasil precisa de paz para progredir".
'Legado' é aposta para vencer eleição
Durante discurso de cerca de 50 minutos, Lula remontou a seu governo, entre 2003 e 2010. Mencionou, também, os tempos de Dilma Rousseff, presidente de 2011 a 2016. Ele citou ações como o "Minha Casa, Minha Vida" e o Programa Universidade Para Todos (ProUni)."Em vez de promessas, apresento o imenso legado de nossos governos. Fizemos muito, mas tenho consciência que ainda é preciso, e é possível, fazer muito mais. Precisamos colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo", pontuou. O ex-presidente utilizou, por diversas vezes, o termo "soberania".
Ele defendeu o investimento em "educação de qualidade'' e afirmou que ser soberano passa por defender a Petrobrás - que, segundo Lula, vem sendo "desmantelada dia após dia".
"O resultado desse desmonte é que somos autossuficientes em petróleo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo, cotada em dólar, enquanto os brasileiros recebem os seus salários em real", protestou.