Pré-candidato do Novo à Presidência da República, Felipe d'Ávila se inspira no correligionário Romeu Zema, governador de Minas Gerais, para subir nas pesquisas e romper a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes das sondagens eleitorais. Cientista político, ele foi o participante desta semana do "EM Entrevista", podcast do Estado de Minas, cuja íntegra já está disponível.
Leia Mais
Zema pode tentar o Planalto em 2026, diz d'Ávila: 'Fila tem de andar'Novo: D'Ávila defende mineração na Serra do Curral e vê 'mancha' políticaFelipe d'Ávila 'marca data' para o 'velório' da terceira viaNovo anuncia Tiago Mitraud como pré-candidato à vice-presidência Pesquisa Genial/Quaest: Kalil obtém 43% dos votos caso receba apoio de LulaSerra do Curral: entrega de manifesto é adiada e CPI perde assinaturas
Ao longo dos cerca de 40 minutos de conversa, d'Ávila detalhou o projeto que pretende apresentar ao país. Uma das bases de seu programa é a abertura econômica. Na mira, também, a simplificação tributária.
"Quando a eleição entrar no radar, a pergunta que o brasileiro vai se fazer é: "Minha vida piorou ou melhorou?". A resposta será "piorou". Não acho que teremos uma eleição tão polarizada como está agora, pois, quando cair a ficha, o brasileiro vai querer saber quem fará a vida melhorar. E, aí, estará aberto a escutar propostas", afirmou.
O presidenciável do Novo esteve em Belo Horizonte entre terça-feira (10) e ontem para cumprir uma série de agendas na Região Metropolitana. Minas Gerais é a principal aposta do partido - visto que Zema é o único governador filiado à sigla. "O partido tem, como maior vitrine política, o exitoso mandato de Zema", assegurou.
Ao tratar de economia, d'Ávila também fala em aliar a pauta ambiental à atração de investimentos. E, embora mostre descrença quando perguntado sobre a busca por um nome único na terceira via - justifica a opinião afirmando que o tema foi "sequestrado por dirigentes partidários - garante estar aberto a conversar com outros agentes políticos para construir consensos.
"O povo quer saber como ter mais dinheiro no bolso. Os últimos governos só vêm tirando, por meio de impostos, queda de renda, aumento da inflação e do desemprego. Em torno desse tema, estamos abertos a discutir. Precisamos aprimorar propostas".