"Vamos tentar um desenho [para o palanque]. A priori, ninguém pediu para eu retirar minha candidatura", afirmou, ao Estado de Minas.
As discussões sobre o Senado impediam evolução nas conversas entre PT e PSD. Isso porque, apesar de os partidários de Lula defenderem Reginaldo, o partido de Kalil quer trabalhar pela reeleição de Alexandre Silveira. Veio, então, a proposta para os petistas ficarem com o posto de vice, na vaga de Agostinho Patrus (PSD), presidente da Assembleia de Minas.
"Não há nada resolvido. O que tem de novo é que o PSD ofereceu ao PT a candidatura de vice. Lula me chamou e pediu para coordenar o processo, fazer o desenho da chapa A partir dessa convocação, vou começar as conversas. Não há nada formatado", assegurou Reginaldo.
O EM apurou que Agostinho Patrus já avisou à bancada estadual petista que abre mão de ser o vice de Kalil. E, ao encontro da fala de Reginaldo sobre não haver pedido para a retirada da pré-candidatura, há quem defenda palanque duplo de senadores, com o deputado do PT e Alexandre Silveira. Houve, inclusive, consultas à Justiça Eleitoral sobre a viabilidade de construção do tipo.
Segundo Reginaldo, os detalhes do cordão em torno de Lula e Kalil devem ser definidos em duas semanas.
Líder da oposição a Zema pode ser o vice
Dentro da costura que entregaria ao PT o vice-candidato de Kalil, surgem nomes como o do próprio Reginaldo Lopes e, também, de André Quintão, deputado estadual e líder da oposição ao governador Romeu Zema (Novo).
Ontem, ao anunciar que Reginaldo tocará as conversas sobre Lula e Kalil, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, revelou que ele será o coordenador da campanha presidencial do partido em Minas.
A despeito de Reginaldo assegurar que não recebeu nenhum pedido para deixar a pré-candidatura, interlocutores ouvidos pela reportagem apontaram a fala de Gleisi como sinal de que o PT pode não ter nome próprio ao Senado.
Na semana passada, antes de haver avanço nas articulações nacionais, a Executiva estadual do PT chegou a convocar uma reunião para reafirmar a pré-candidatura do parlamentar.