Brasília – A cúpula do PSDB adiou de ontem para hoje a decisão sobre a pré-candidatura do ex-governador de São Paulo João Doria ao Palácio do Planalto. Após reunião, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que sugeriu que a desistência de Doria seria um ato de “grandeza”. “Doria terá duas alternativas: o gesto da grandeza política, que alguns ainda esperam, ou permanecer neste enfrentamento – aí, obviamente, ele estará assumindo também as responsabilidades adiante”, afirmou o parlamentar em entrevista à CNN.
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Já o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a cúpula do partido pretende mostrar a Doria as dificuldades da candidatura dele. Para Araújo, Doria continua sendo tratado como o pré-candidato do partido, mas admtiu que a sigla busca opções. "A pré-candidatura dele está mantida, ela é legítima pelo processo das prévias. Agora, é justo que todos os lados coloquem as dificuldades que tenham", declarou.
O partido espera para hoje o resultado de pesquisas qualitativas e quantitativas sobre o processo eleitoral, encomendadas por PSDB, Cidadania e MDB para avaliar a melhor opção de terceira via. O objetivo da direção tucana é fazer a reunião com Doria antes de ter o resultado dessas pesquisas. Um nome alternativo a João Doria que vem sendo discutido é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Chegou a ser cogitado, inclusive, o nome do tucano como vice da parlamentar, mas ele já sinalizou que não aceita.
Os problemas da pré-candidatura de Doria começaram antes das prévias, atravessaram a disputa e persistem até hoje, porque ele nunca teve apoio do presidente da legenda, Bruno Araújo, e de outros caciques, como Aécio Neves, que apoiou o nome do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. O gaúcho, entretanto, foi derrotado por Doria nas prévias realizadas em novembro do ano passado.