Aécio disse ainda que haverá uma conversa com Doria antes que seja tomada uma decisão pela direção do PSDB. “Vai resolver como deve-se resolver: foram feitas as prévias, ele ganhou. Enfim, com todas as condenações que já fizemos à forma como o processo se deu, mas ele venceu. E que agora seja dada a ele a oportunidade de compreender que, maior do que o seu projeto presidencial, é o interesse do partido. E, maior do que o do partido, o do país, que precisa do PSDB com uma candidatura colocada e competitiva”, afirmou.
Já o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a cúpula do partido pretende mostrar a Doria as dificuldades da candidatura dele. Para Araújo, Doria continua sendo tratado como o pré-candidato do partido, mas admtiu que a sigla busca opções. "A pré-candidatura dele está mantida, ela é legítima pelo processo das prévias. Agora, é justo que todos os lados coloquem as dificuldades que tenham", declarou.
O partido espera para hoje o resultado de pesquisas qualitativas e quantitativas sobre o processo eleitoral, encomendadas por PSDB, Cidadania e MDB para avaliar a melhor opção de terceira via. O objetivo da direção tucana é fazer a reunião com Doria antes de ter o resultado dessas pesquisas. Um nome alternativo a João Doria que vem sendo discutido é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Chegou a ser cogitado, inclusive, o nome do tucano como vice da parlamentar, mas ele já sinalizou que não aceita.
Os problemas da pré-candidatura de Doria começaram antes das prévias, atravessaram a disputa e persistem até hoje, porque ele nunca teve apoio do presidente da legenda, Bruno Araújo, e de outros caciques, como Aécio Neves, que apoiou o nome do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. O gaúcho, entretanto, foi derrotado por Doria nas prévias realizadas em novembro do ano passado.