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Estado de Minas XADREZ POLÍTICO

Reginaldo só abre mão do Senado se candidatura for obstáculo a Lula e Kalil

Pré-candidato do PT à Câmara Alta do Congresso, deputado federal foi peça importante nas articulações para unir o ex-presidente ao ex-prefeito de Belo Horizonte


20/05/2022 18:28 - atualizado 20/05/2022 18:47

O deputado federal Reginaldo Lopes discursa em BH
Reginaldo Lopes (foto) é o coordenador da campanha de Lula em Minas Gerais (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 19/6/18)
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes, admite abrir mão de sua pré-candidatura ao Senado em prol da aliança entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre Kalil (PSD). Nesta sexta-feira (20/5), ele confirmou a possibilidade ao Estado de Minas.

"Se a minha pré-candidatura for obstáculo para formar um palanque, para o bem de Minas e do Brasil, abro mão", disse, à reportagem.

Além de ainda ser pré-candidato a senador, Reginaldo é o coordenador da campanha presidencial de Lula em Minas Gerais. Ele foi responsável, ainda, por tocar as negociações que viabilizaram o acordo com Kalil.

As tratativas concederam ao PT o posto de vice na chapa do ex-prefeito de BH. Estava tudo certo para o parceiro de Kalil ser Agostinho Patrus (PSD), presidente da Assembleia Legislativa. O temor de que a união a Lula não se concretizasse, porém, fez o deputado estadual abrir mão do posto. Agostinho também teve papel importante na série de reuniões que sacramentou o acordo.

Agora, o PT trabalha para definir o nome do vice de Kalil. Uma das possibilidades, como mostrou no início da semana o EMé o deputado estadual André Quintão, líder da oposição a Romeu Zema (Novo) no Parlamento mineiro.

O Senado Federal foi justamente um dos entraves que impediu, por algum tempo, o avanço no diálogo entre os dirigentes de PT e PSD. Isso porque, enquanto os petistas trabalhavam por Reginaldo Lopes, os pessedistas insistiam na tese de que deveriam lutar pela reeleição de Alexandre Silveira.

Na semana passada, quando Lula esteve em Minas Gerais, Reginaldo afirmou a aliados que aceitaria, inclusive, compor coligação com dois candidatos ao Senado - Silveira seria o outro.

A possibilidade, aventada por aliados do ex-presidente há alguns meses, foi motivo, inclusive, de consulta à Justiça Eleitoral. A decisão sobre palanque duplo está nas mãos de Ricardo Lewandowski, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele ainda não marcou data para tomar uma decisão.

Lula pode voltar a Minas para ato com Kalil


Mais cedo, a "Rádio Itatiaia" noticiou que Lula pode voltar a Minas para um ato político com Kalil tão logo o nome do vice na chapa estadual seja definido. Ao EM, Reginaldo disse que ainda não há data para o evento, mas houve sugestão para que a solenidade ocorra no Triângulo Mineiro. No último périplo pelo estado, o líder petista passou pela Região Metropolitana de BH e pela Zona da Mata.

No dia 9 deste mês, durante discurso a apoiadores em BH e antes mesmo da evolução no trato com Kalil, Lula já havia projetado pisar novamente em terras mineiras.

"Voltarei muitas vezes a Minas Gerais. Temos que fazer muitas conversas aqui. Há muitas coisas a serem acertadas. Vamos ter que construir algumas alianças no estado", projetou.

Menos de 24 horas após a fala, Lula se reuniu com deputados do PT mineiro e deu recado pedindo a continuidade dos esforços para atrair Kalil. As articulações renderam, até mesmo, viagens a São Paulo (SP), onde o ex-presidente da República está baseado. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, também entrou em cena.

Ontem, Kalil exibiu, nas redes, uma canção que celebra a parceria. "Eu sou de Minas Gerais, do coração do Brasil. Quero quem vai fazer mais, eu vou colar no Kalil. Lula e Kalil! A esperança que surgiu, Minas Gerais já aplaudiu", aponta um trecho da letra.


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