Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES

Rodrigo Pacheco: 'Não há motivo para se contestar o processo eleitoral'

O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), alertou a população brasileira sobre os riscos da "crise de confiança nas estruturas de poder". Em artigo publicado no Correio Braziliense, neste domingo (22/5), o parlamentar destacou que é necessário que todos fortaleçam a democracia constitucional.





"Isso porque o sistema democrático é o único regime político que propõe soluções legítimas e institucionalizadas para os conflitos políticos e sociais. Na sociedade democrática, a solução dos dissensos possuem regras e limites claros, estabelecidos na Constituição", escreveu.

Pacheco alertou sobre os questionamentos ao sistema eleitoral e lembrou que a adoção das urnas eletrônicas trouxe mais transparência e confiança ao processo eleitoral. "Não há motivo razoável ou justa causa para se contestar a lisura do processo eleitoral. A modernização tecnológica veio para sanar as fraudes nas eleições baseadas no voto de papel, superando práticas como o voto de cabresto e o abuso do poder econômico", disse.

Por fim, o senador pediu que as pessoas confiem nos Poderes e evitem a "erosão democrática" para "garantir que não haverá retrocesso civilizatório em nossa nação". Apesar disso, Pacheco destacou que "a democracia não está em risco" devido às "instituições sólidas" que o país tem.





Esta é mais uma declaração do senador em defesa do sistema eleitoral. Nos últimos dias, ele tem usado seus espaços de fala para rebater críticas à Justiça Eleitoral, principalmente, partidas do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na semana passada, pelas redes sociais, Pacheco disse ser "inacreditável que em 2022, com todos os problemas que temos no país, ainda seja necessário defender a democracia dos diversos ataques. A democracia é a única forma de convivermos de forma harmônica e avançarmos como nação. Não há outro caminho aceitável".  

Ataques ao sistema eleitoral 


Na quinta-feira (19/5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez acusações contra o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas e disse que os votos deveriam ser "contados publicamente".

Na segunda-feira (16/5), a Coalização para a Defesa do Sistema Eleitoral, formada por mais de 200 entidades e organizações da sociedade civil, entregou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, uma carta de protesto contra os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e classificou o comportamento como "agressão".