O pré-candidato ao governo mineiro Alexandre Kalil (PSD) disse nesta segunda-feira (23/5), em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, que não foi convidado para o casamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), realizado na semana passada. "Claro que eu gostaria de ter sido convidado. Qualquer evento com boca livre é bom", declarou.
O ex-prefeito de Belo Horizonte está sendo sabatinado no podcast semanal “EM Entrevista”. A conversa começou às 11h e está sendo transmitida ao vivo pelo YouTube do Portal Uai.
Kalil também disse que nunca foi inimigo de Lula. "Eu nunca disse uma palavra desrespeitosa nem com o presidente Lula nem com o presidente Bolsonaro. Eu tenho divergências e tive com os dois", afirmou.
A entrevista compõe uma série de sabatinas com pré-candidatos ao Palácio Tiradentes e à Presidência da República. Na semana passada, o convidado foi Miguel Corrêa, nome que o PDT pretende levar à disputa estadual. Antes, a bancada recebeu Luiz Felipe d’Avila, presidenciável do Novo.
Kalil inicia, hoje, a primeira semana tendo Lula como aliado oficial. O acordo entre eles foi sacramentado na quinta-feira, em reunião que contou com a presença do deputado federal petista Reginaldo Lopes, designado por seu partido para tocar as tratativas com os pessedistas.
O parceiro de chapa do ex-prefeito de BH deverá sair, justamente, do PT. Como já mostrou o Estado de Minas, o deputado estadual André Quintão é visto como favorito. Mesmo no PSD, segundo apurou a reportagem nos últimos dias, ele é tido, neste momento, como o principal candidato ao posto de vice. Pesa a favor dele, líder do bloco de oposição a Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa, o fato de ser benquisto por Kalil.
André é, ainda, próximo a Agostinho Patrus (PSD), presidente do Parlamento estadual, que abriu mão de ser vice de Kalil para abrir espaço ao PT e, assim, viabilizar a aliança com Lula. Agora, ele já avisou a aliados que quer tentar novo mandato como deputado estadual.
A reboque do consenso com a cúpula do PT, Kalil garantiu os apoios de PCdoB e PV. Isso porque os partidos formarão uma federação partidária com os petistas. A Rede Sustentabilidade, em que pese a iminente coalizão com o Psol, também deverá ter boa parte de seus quadros ao lado do candidato do PSD.