O deputado federal mineiro Aécio Neves defendeu a candidatura própria do PSDB na eleição presidencial mesmo após a direção do partido apoiar a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB). Ele também admitiu a chance de disputar uma vaga no Senado tanto pela pesquisa que o colocou como líder em intenção de votos em Minas Gerais quanto em razão da desistência de João Doria, ex-governador de São Paulo, a concorrer ao Palácio do Planalto.
“Acredito que essa decisão (desistência de Doria) deve levar o partido a uma reflexão. Sempre defendi e continuo defendendo que o PSDB tenha uma candidatura própria (à Presidência)”, disse o parlamentar à reportagem do Estado de Minas.
“Defendi outra candidatura nas prévias. Agora, com a desistência do ex-governador de São Paulo, abre-se espaço, a meu ver, para que o PSDB defina um novo nome. Não vou adiantar muito porque quero fazer isso conversando com nossos aliados”, observou.
Aécio participou nesta segunda-feira (23/5) de um evento de prefeitos em Montes Claros, no Norte de Minas. Ele confirmou que pode abrir mão da candidatura à reeleição como deputado federal e se lançar à corrida pelo Senado, posto que ocupou de 2011 a 2019.
“Hoje sou candidato a deputado federal. Mas é claro que uma pesquisa como essa faz com que continue avaliando o quadro daqui até mais próximo das eleições e das convenções partidárias”, frisou o ex-governador de Minas.
“Vou continuar observando o cenário daqui até o momento das convenções partidárias. Porque a própria mudança no quadro federal dentro do PSDB pode levar às mudanças nos quadros estaduais”, acrescentou.
Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em 16 de maio colocou o político de 62 anos com 20,8% de preferência dos entrevistados mineiros, superando o também deputado Reginaldo Lopes (PT), citado por 8,3%.
“Acredito que essa decisão (desistência de Doria) deve levar o partido a uma reflexão. Sempre defendi e continuo defendendo que o PSDB tenha uma candidatura própria (à Presidência)”, disse o parlamentar à reportagem do Estado de Minas.
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“Hoje sou candidato a deputado federal. Mas é claro que uma pesquisa como essa faz com que continue avaliando o quadro daqui até mais próximo das eleições e das convenções partidárias”, frisou o ex-governador de Minas.
“Vou continuar observando o cenário daqui até o momento das convenções partidárias. Porque a própria mudança no quadro federal dentro do PSDB pode levar às mudanças nos quadros estaduais”, acrescentou.
Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado em 16 de maio colocou o político de 62 anos com 20,8% de preferência dos entrevistados mineiros, superando o também deputado Reginaldo Lopes (PT), citado por 8,3%.
Bem cotado para o Senado, Aécio também deseja que o partido lance candidatura ao governo do estado. O ex-deputado federal Marcus Pestana conta com o incentivo do ex-chefe do Executivo em Minas para tentar fazer frente aos favoritos Romeu Zema (Novo), atual governador, e Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte.
Nomes para a presidência
Inicialmente, Aécio Neves preferiu não citar os nomes que poderiam representar os tucanos na disputa presidencial. “Estão sendo colocados. São nomes conhecidos. Vou esperar um pouco, porque estamos ainda sob o impacto de uma decisão”.
“É uma decisão que deve ser respeitada, que parte da avaliação do governador (João Doria) das dificuldades de sua candidatura. Eu já que queria que esse assunto tivesse sido resolvido lá atrás, nas prévias. Mas, vamos aguardar a decisão. Acho que o PSDB deve insistir na tese da candidatura própria”.
Porém, ao ser questionado sobre o possível apoio ao ex-governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, o ex-governador mineiro mencionou também o senador cearense Tasso Jereissati como potencial postulante à presidência.
“Olha, é um dos nomes colocados (referência a Eduardo Leite). Acho que todos os nomes do PSDB devem ser avaliados, o nome do senador Tasso Jereissati, do ex-governador Eduardo (Leite) ou de qualquer outro que venha surgir”, declarou.
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Aécio considera importante para os tucanos o lançamento de nome próprio à presidência, ainda que a sigla não saia vencedora na eleição polarizada entre o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu defendo a tese de que o PSDB deve participar dessas eleições, até em razão do papel que (o partido) deve desempenhar no futuro e, eventualmente, com a eleição de um ou outro, de Bolsonaro ou Lula. O PSDB deve apresentar sua proposta equilibrada, de um partido de centro, que tem projeto para o país, até que possa liderar lá na frente à oposição a um desses dois candidatos favoritos hoje, se não puder vencer as eleições”, disse.
“O PSDB não deve, em um momento como este, se omitir. Para o Brasil é importante que o PSDB se apresente com um nome que possa de alguma forma furar essa polarização que aí está (Lula x Bolsonaro)”, complementou.
Apoio a Tebet foi 'decisão de poucas pessoas'
Neves deu a entender que a direção nacional do PSDB quer apoiar a candidatura de Simone Tebet (MDB) para usar todos os recursos do fundo eleitoral destinado ao partido para candidatos ao governo dos estados e ao Congresso Nacional.
“Acho que o PSDB deve insistir na tese da candidatura própria. Essa vai ser a grande decisão (a ser tomada) daqui por diante. Deixar de disputar a eleição (presidencial) para que haja mais recursos do fundo eleitoral para candidatos a governador ou mesmo ao Congresso não é uma decisão que, ao meu ver, atenda aos interesses do partido”.
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Segundo Aécio, o apoio da cúpula do PSDB à pré-candidatura de Simone Tebet, um dos motivos da desistência de João Dória de concorrer à presidência, foi “uma decisão tomada por poucas pessoas”. Ele também lançou dúvidas sobre o prestígio da senadora dentro do MDB.
“Não acho que uma aliança com outra candidatura, com outro partido, neste momento, seja o melhor caminho para o PSDB. Mas essa é uma discussão que vai haver. Existe quem apoia essa candidatura (de Simone Tebet), mas temos que ver realmente se o MDB apoia essa candidatura”.
“Nós temos, hoje, dúvidas em relação à força que essa candidatura possa ter dentro do próprio MDB. Defenderei sempre uma aliança, mas, ao meu ver, o PSDB tem nomes em melhores condições de liderar essa chapa do que qualquer outro partido”.