Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Lula sobre DataFolha: 'Imagino que o Bolsonaro não dormiu ontem'


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse - nesta sexta (27/5) - que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "não dormiu ontem à noite" após divulgação de pesquisa DataFolha que apontou vitória de Lula no primeiro turno. O ex-presidente comentou sobre a pesquisa em um encontro com movimentos populares na capital paulista.





"Vocês viram a pesquisa ontem. Eu imagino que o Bolsonaro não dormiu ontem à noite. Eu imagino que ele falou: 'Que desgraça que esse Lula Tem? Que desgraça, que a gente faz fake news com ele todo dia'", disse o ex-presidente. 

Lula e Alckmin participaram de um encontro com representantes de 87 movimentos populares, que assinaram um documento contendo propostas para o plano de governo de Lula e entregaram ao presidenciável durante o evento. Segundo os organizadores, é a primeira vez que todos os movimentos populares se unem para apoiar o mesmo candidato.

Entre as entidades participantes estavam a Marcha Mundial das Mulheres, a União Nacional dos Estudantes, o MST, o MTST e o Movimento Negro Unificado. Estavam presentes também o ex-governador de São Paulo e vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e o vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT).





Ainda sobre Bolsonaro, Lula afirmou que "nós estamos enfrentando alguém que é perigoso, porque o comportamento dele não é democrata. Ele vive de ofender as instituições. Eu quero que ele saiba que o povo é a voz de Deus, e o povo vai tirá-lo de lá".

Lula faz aceno aos movimentos sociais

Aos movimentos sociais, Lula fez um forte aceno, e disse que muitos políticos que chegam ao poder esquecem dos eleitores que o ajudaram. "Eu acho que muitas vezes a gente merece aplauso, mas muitas vezes a gente merece é vaia, e a gente tem que respeitá-la igual respeitamos os aplausos".

Lula defendeu ainda que nunca pediu aos movimentos sociais para deixarem de fazer greve quando era presidente. "Sem vocês reivindicarem, sem vocês escreverem o que vocês desejam, sem vocês aporrinharem a nossa vida cobrando todo o dia, a gente não faz o que precisa ser feito. Não se incomodem de cobrar", disse o ex-presidente.