Pré-candidato do PDT ao governo de Minas Gerais, o ex-deputado federal Miguel Corrêa se defendeu das críticas feitas por Ciro Gomes, presidenciável de seu partido, e afirmou que estará "de ponta a ponta" na campanha pedetista ao Palácio do Planalto. Há dois dias, Ciro chamou o correligionário de "ficha suja" e garantiu que ele não vai participar da eleição estadual. Os ataques públicos fizeram o deputado federal Mário Heringer renunciar à presidência do diretório mineiro da sigla.
"Provavelmente ele não tenha a compreensão total do processo que a gente vive hoje, mas a construção que fiz da minha entrada no PDT, junto com o presidente estadual Mário Heringer e o presidente nacional [Carlos Lupi], tem a ver com o que sou na vida. Sou um homem de ter lado, e o lado que escolhi é com o PDT, suas ideias e projetos que representa, inclusive, nesta eleição", disse Corrêa, na noite dessa sexta-feira (27/5), pelo Instagram.
O ex-parlamentar deixou o PT em março deste ano e, logo em seguida, se filiou ao PDT. "Um dos projetos [do PDT] é a candidatura do Ciro a presidente do Brasil. Estou absolutamente comprometido, de ponta a ponta, com essa campanha", assegurou.
Na quinta-feira (26), Ciro falou, à "CNN Brasil", sobre lideranças regionais do PDT que sinalizam apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. Enquanto tratava do tema, o pré-candidato ao Planalto teceu fortes críticas a Miguel Corrêa.
"Esse cidadão, que se apresenta como candidato do PDT em Minas Gerais, não é do PDT e não será candidato. Inclusive, é inelegível, porque tem ficha suja. Não sei o que veio fazer aqui saindo ontem do PT e se filiando ao PDT. Desse falo publicamente, porque não é companheiro", disparou.
Ciro citou a "ficha suja" de Corrêa por causa de um caso ligado à eleição de 2018, quando foi um dos candidatos petistas ao Senado Federal. Ele chegou a ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março por abuso de poder econômico, mas trabalha para recorrer.
Ele é investigado por ter utilizado uma empresa que possui para firmar acordo com influenciadores digitais durante a campanha ao Senado. A ideia de Corrêa é levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O mal-estar entre Ciro Gomes e Miguel Corrêa começou após o pré-candidato ao governo elogiar Lula durante entrevista concedida no início do mês.
"Posso afirmar que, daqueles que gostam muito do Lula - e tenho um carinho e proximidade tanto com Lula quanto com Ciro - que a vitória do Ciro é ter Lula no governo do Brasil. Quando Lula ganhou as eleições, Ciro esteve à frente de ministérios. Tenho certeza que estará novamente se for o caso do Lula vencer", assinalou, à época.
Na semana passada, ao participar do "EM Entrevista", podcast do Estado de Minas e do Portal Uai, Corrêa garantiu alinhamento ao presidenciável de sua nova agremiação.
"Escolhi o caminho de defesa absoluta e intransigente da candidatura do Ciro Gomes. Sem renegar o meu passado, sem dar crédito ao que eu fiz, ao que construí [no PT]", pontuou.
O ataque de Ciro a Miguel Corrêa pegou de surpresa a cúpula do PDT mineiro. A aversão do presidenciável ao ex-deputado fez o presidente Mário Heringer se sentir desautorizado a continuar no comando regional da legenda.
"Vou continuar votando em Ciro, pois acho que ele tem o melhor projeto para o Brasil. Vou pedir votos, mas notifiquei o partido sobre minha intenção de deixar a presidência", revelou ele, ontem, ao EM.
O PDT lançou Corrêa ao governo a fim de ter um palanque para Ciro em Minas. Embora o desejo inicial fosse uma aliança com Alexandre Kalil (PSD), o partido se articulou para evitar a situação vivida em 2018, quando a saída de Marcio Lacerda do páreo pelo Palácio Tiradentes deixou os trabalhistas sem uma união formal no estado.
Agora, com a aproximação de Kalil a Lula, o embarque na coalizão liderada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte ficou ainda mais distante.
Nesta semana, dirigentes pedetistas almoçaram com o deputado federal Aécio Neves (PSDB) em Brasília. Interlocutores ligados aos dois partidos garantem que o encontro ocorreu em caráter de cortesia, sem o objetivo de tornar Marcus Pestana, pré-candidato tucano ao governo, o palanque de Ciro em Minas.
"Provavelmente ele não tenha a compreensão total do processo que a gente vive hoje, mas a construção que fiz da minha entrada no PDT, junto com o presidente estadual Mário Heringer e o presidente nacional [Carlos Lupi], tem a ver com o que sou na vida. Sou um homem de ter lado, e o lado que escolhi é com o PDT, suas ideias e projetos que representa, inclusive, nesta eleição", disse Corrêa, na noite dessa sexta-feira (27/5), pelo Instagram.
O ex-parlamentar deixou o PT em março deste ano e, logo em seguida, se filiou ao PDT. "Um dos projetos [do PDT] é a candidatura do Ciro a presidente do Brasil. Estou absolutamente comprometido, de ponta a ponta, com essa campanha", assegurou.
Na quinta-feira (26), Ciro falou, à "CNN Brasil", sobre lideranças regionais do PDT que sinalizam apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. Enquanto tratava do tema, o pré-candidato ao Planalto teceu fortes críticas a Miguel Corrêa.
"Esse cidadão, que se apresenta como candidato do PDT em Minas Gerais, não é do PDT e não será candidato. Inclusive, é inelegível, porque tem ficha suja. Não sei o que veio fazer aqui saindo ontem do PT e se filiando ao PDT. Desse falo publicamente, porque não é companheiro", disparou.
Ciro citou a "ficha suja" de Corrêa por causa de um caso ligado à eleição de 2018, quando foi um dos candidatos petistas ao Senado Federal. Ele chegou a ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em março por abuso de poder econômico, mas trabalha para recorrer.
Ele é investigado por ter utilizado uma empresa que possui para firmar acordo com influenciadores digitais durante a campanha ao Senado. A ideia de Corrêa é levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Fala sobre Lula gerou imbróglio
O mal-estar entre Ciro Gomes e Miguel Corrêa começou após o pré-candidato ao governo elogiar Lula durante entrevista concedida no início do mês.
"Posso afirmar que, daqueles que gostam muito do Lula - e tenho um carinho e proximidade tanto com Lula quanto com Ciro - que a vitória do Ciro é ter Lula no governo do Brasil. Quando Lula ganhou as eleições, Ciro esteve à frente de ministérios. Tenho certeza que estará novamente se for o caso do Lula vencer", assinalou, à época.
Na semana passada, ao participar do "EM Entrevista", podcast do Estado de Minas e do Portal Uai, Corrêa garantiu alinhamento ao presidenciável de sua nova agremiação.
"Escolhi o caminho de defesa absoluta e intransigente da candidatura do Ciro Gomes. Sem renegar o meu passado, sem dar crédito ao que eu fiz, ao que construí [no PT]", pontuou.
Presidente se sente desautorizado e pede para sair
O ataque de Ciro a Miguel Corrêa pegou de surpresa a cúpula do PDT mineiro. A aversão do presidenciável ao ex-deputado fez o presidente Mário Heringer se sentir desautorizado a continuar no comando regional da legenda.
"Vou continuar votando em Ciro, pois acho que ele tem o melhor projeto para o Brasil. Vou pedir votos, mas notifiquei o partido sobre minha intenção de deixar a presidência", revelou ele, ontem, ao EM.
O PDT lançou Corrêa ao governo a fim de ter um palanque para Ciro em Minas. Embora o desejo inicial fosse uma aliança com Alexandre Kalil (PSD), o partido se articulou para evitar a situação vivida em 2018, quando a saída de Marcio Lacerda do páreo pelo Palácio Tiradentes deixou os trabalhistas sem uma união formal no estado.
Agora, com a aproximação de Kalil a Lula, o embarque na coalizão liderada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte ficou ainda mais distante.
Nesta semana, dirigentes pedetistas almoçaram com o deputado federal Aécio Neves (PSDB) em Brasília. Interlocutores ligados aos dois partidos garantem que o encontro ocorreu em caráter de cortesia, sem o objetivo de tornar Marcus Pestana, pré-candidato tucano ao governo, o palanque de Ciro em Minas.