Pré-candidato à Presidência da República nas eleições gerais deste ano, em outubro, Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta terça-feira (31/05) que Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), dois possíveis rivais na disputa, têm semelhanças. Entre elas, o pedetista citou: "Gabinete do ódio, comportamento fascista, roubalheira, corrupção".
A resposta se deu ao abordar o modelo de governança do Brasil, ao menos, nos últimos 12 anos. Além de Lula, que presidiu o país de 2003 a 2010, e Bolsonaro, atual presidente, Fernando Henrique Cardoso, presidente entre 1998 e 2002, foi criticado.
"Negociar é um elemento central da democracia. Eu sou um democrata, não sou candidato a ditador nem candidato a imperador do Brasil, e negociar, já abro um parênteses, com quem quer que o povo eleja. Eu não tenho nenhuma dificuldade em dialogar com pessoas diferentes de mim, mesmo esses que eu cito exemplarmente como elemento, não estou atacando particularmente ninguém, estou mostrando que a governança política do Bolsonaro, do Lula e do Fernando Henrique é rigorosamente a mesma, rigorosamente a mesma, sendo pessoas diferentes, embora as práticas sejam cada vez mais iguais", afirmou.
"Gabinete do ódio, comportamento fascista, roubalheira, sabe, corrupção. Tudo isso, infelizmente, é um traço comum do Bolsonaro e do Lula. Se o Lula está no campo da democracia, e evidentemente está, e o Bolsonaro está no campo da não-democracia, isso faz uma diferença importante, mas o resto é tudo igual. E eu quero mudar o país para o futuro", complementou Ciro, que foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, durante o primeiro mandato de Lula.
As eleições gerais de 2022, que escolherão entre outros agentes políticos o presidente da República pelos próximos quatro anos, acontecem em 2 de outubro. Caso seja necessário segundo turno, ele será realizado no dia 30 do mesmo mês.