O ex-presidente e pré-candidato às eleições Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (31/5), que a presença do estado em comunidades só ocorre quando a polícia entra para “matar alguém”.
Em entrevista à rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, Lula afirmou que a violência policial se deve à ausência de políticas públicas e de programas sociais em favelas.
“Se o Estado estivesse presente nessas áreas, a polícia seria apenas mais um componente para manter a tranquilidade. Acontece que as pessoas ficam ilhadas, ficam separadas, ficam abandonadas, e o Estado só aparece quando é para matar alguém, através da polícia”, disse.
Lula tinha sido questionado sobre a operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, ocorrida na quinta-feira (26/5). A ação resultou na morte de 23 pessoas.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a elogiar a operação nas redes sociais. Em publicação no Twitter, o presidente disse que 20 "marginais" foram mortos.
"Parabéns aos guerreiros do Bope e da @PMERJ que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa", escreveu Bolsonaro.
"A operação vinha sendo planejada há meses e os agentes de segurança monitoravam os passos de chefões do tráfico com objetivo de prendê-los fora da comunidade, o que não foi possível devido ao ataque da facção, fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações."
"A operação vinha sendo planejada há meses e os agentes de segurança monitoravam os passos de chefões do tráfico com objetivo de prendê-los fora da comunidade, o que não foi possível devido ao ataque da facção, fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações."
O presidente também disse lamentar a morte de uma moradora de uma comunidade vizinha na operação e o que chamou de "inversão de valores de parte da mídia".