Durante sua participação no podcast “Flow”, nesta quarta-feira (1°/6), o pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), criticou os posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Por outro lado, ele também apontou que sua aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deu por conta de “alinhamento de pensamento”.
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Kalil no Flow: 'Não fez o dever de casa', diz pré-candidato sobre Zema Kalil no Flow sobre dívida de IPTU: 'A mãozinha do papai é limpa'Kalil diz que futebol 'é tolerante': 'Não é esse ódio que está no Brasil'Zema: 'Estarei com o novo presidente eleito, quem quer que seja''Não gostaria de trabalhar com ele', diz Zema sobre LulaZema sobre Kalil: 'Um zero à esquerda que fala grosso e não resolve'Em seguida, ele aponta algumas declarações polêmicas que o presidente deu durante a pandemia de COVID-19. “Falar que a cloroquina funcionava é mentira. Falar gritando é verdade? Não, é mentira. Se você falar espontaneamente que a pandemia é uma ‘gripezinha’, pode falar com grosseria, mas é mentira. Se eu gritar então a gente vai transformar a mentira em duas coisas: ou no grito ou no goebbels, que é repetir a mentira”, ressaltou Kalil. “Gritar não transforma a mentira em verdade”, acrescentou.
No entanto, os apresentadores comentaram que o ex-prefeito tem um jeito mais “durão” e ele rebateu: “Eu tento ser o mais ameno possível. Agora p***, não se indignar quando você ver uma fila de osso pagando R$ 1,70 o kg para ferver na água e comer caldo de osso no Brasil e tá tudo bem?”, disse.
Ele ainda ironizou as atitudes de Bolsonaro: “‘Vamos gritar que tá tudo bem e que tem que cortar R$ 8 bilhões da saúde, tecnologia e educação’. Então grita que é legal, p***. Fala com sinceridade que tem que cortar mesmo. ‘Que se f*** a universidade, que se f*** a saúde, que se f*** a educação. Mas temos que fazer lá para os deputados R$ 30 bilhões de grana para os caras, mas vamos gritar que vira verdade. Aí não, então vamos gritar que vai colar.”
Kalil também apontou que antes do presidente ser eleito, ele visitou a prefeitura de Belo Horizonte duas vezes. “Não sou do Rio, então não conhecia o Bolsonaro. Estive com ele duas vezes na prefeitura, ele foi lá me visitar. Depois quando virou presidente não me recebeu. Uma vez eu tentei ir lá resolver o problema de Belo Horizonte e ele não resolveu. Não levou um dinheiro, não levou p*** nenhuma, como o governador não levou”, disse.
Aliança com Lula
Nesse sentido, ele foi questionado se sua aliança com Lula veio por “falta de opção”. “Não, é por alinhamento de pensamento”, respondeu.
Ele ainda criticou os filhos do presidente: “Eu to com o Lula sim, eu ligo para a sopa de osso sim. Que não vem filho de Bolsonaro me chamar de babaca e pastor de igreja me chamar de bobalhão porque eu tenho minha opinião. Não conhece minha vida, como eu criei meus filhos, como eu crio as minhas netas, que bobalhão? Que babaca? Que mundo é esse? Ele me conhece? Eu não falo nada dele, não conheço ele. Escuto falar, mas isso eu escuto de todo mundo. Então vamos respeitar a opinião.”
Além disso, Kalil ainda contou que se negou a usar segurança após aliança com o petista. “‘Ah você tem que andar com segurança porque você tá com o Lula’. O caralho que eu vou andar com segurança. Até se eu for ameaçado ou alguma coisa, eu vou. Agora, vem vizinho agredir minha mulher. Que maluquice é essa, que mundo é esse? Eu penso de um jeito, tive voto, posso pensar. Não estou escondido atrás da internet agredindo os outros. Esses caras estão doidos? Isso serve para os dois lados”, ressaltou.
Por fim, o pré-candidato ainda ressaltou que apoia Lula “porque tem humanidade” e aproveitou para alfinetar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). “Porque eu apoio o Lula, vou bater no Bolsonaro? Porque eu apoio o Bolsonaro, vou bater no Lula?", questionou.
"Eu apoio o Lula porque eu tenho humanidade, que esse governador não tem. Ele fala que é crime dar cesta básica pro povo, que o bonito é passar fome, que tem que dar emprego. Avisar para esse débil mental que nós estamos com 12 milhões de desempregados e 5 milhões de desalentados”, concluiu.