O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), manifestou nesta quinta-feira (2/6) apoio ao pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, da mesma legenda, e disse que o papel do Senado é garantir eleições limpas em outubro. Ao participar do 37º Congresso Mineiro dos Municípios, no Expominas, o senador se esquivou do assunto quando foi perguntado sobre a aliança de Kalil com o ex-presidente Lula em Minas.
"É normal que as alianças partidárias aconteçam e exista esse tipo de discussão. Em Minas Gerais, temos nosso pré-candidato, que é o Alexandre Kalil. Há uma manifestada preferência dele de fazer aliança com o PT. É algo que o partido cuidará e no momento certo isso será efetivado", afirmou Pacheco.
Pacheco se encontrou com o governador Romeu Zema (Novo) no evento, mas disse que caminhará junto com o ex-prefeito de Belo Horizonte.
"Tendo um candidato do partido, que é o ex-prefeito Alexandre Kalil, e ele terá nosso apoio. E o candidato ao Senado, que é o senador Alexandre Silveira, também terá nosso apoio", afirmou.
Leia Mais
'Ninguém segura esse novo Brasil' é novo slogan de Bolsonaro com o PLNunes Marques derruba decisão do TSE que cassou deputado bolsonaristaNa primeira inserção partidária na TV, Bolsonaro foca em público jovem Lula tenta conquistar apoio de Rodrigo PachecoKalil relembra fala de Zema sobre 'arrumar empregada por 300 reais'Kalil diz que Zema 'mente' e atribui 'débil mental' à 'força de expressão'Zema anuncia pagamento de acordo de R$ 7 bi firmado em 2019Bolsonaro desafia Globo para debate ao vivo sobre segurança: 'À disposição' Carlos Bolsonaro dispara sobre campanha do pai na TV: 'Dane-se'Janones contrata marqueteiro de Boric para tocar campanha presidencialEm relação às eleições, Pacheco afirmou que o principal compromisso do Senado é zelar pela liberdade de voto e da imprensa. "O Brasil precisa garantir seu processo eleitoral com respeito às liberdades, à imprensa e à Justiça Eleitoral. Preciso ter esse olhar geral para que tenhamos as eleições livres e limpas".
"Todos nós temos o compromisso genuíno, sincero e importante com a democracia em nosso país, de fazer valer a liberdade das pessoas, do Estado de Direito, as liberdades individuais e os direitos fundamentais. É muito importante que não nos abatemos nesse ambiente, que é o único possível para o progresso da nação", afirmou o presidente do Senado.
Reforma tributária
Ele também disse que é muito difícil a reforma tributária tramitar no Congresso em 2022. De acordo com o senador, o texto ainda é objeto de divergências entre parlamentares e a sociedade civil, o que deve atrasar sua análise na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
"A reforma tributária é muito complexa e reconhecemos as dificuldades de se ter convergência em relação a ela. Avançamos muito na concepção do texto, que é uma proposta de emenda à constituição nº 110. Está na relatoria do cidadão Roberto Rocha e há uma intenção de se pautar na Comissão de Constituição e Justiça, mas há resistência. Estamos buscando consensos. Em algum momento vamos ter de fazer a reforma. Nosso estado tributário é falho".