O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), manifestou nesta quinta-feira (2/6) apoio ao pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, da mesma legenda, e disse que o papel do Senado é garantir eleições limpas em outubro. Ao participar do 37º Congresso Mineiro dos Municípios, no Expominas, o senador se esquivou do assunto quando foi perguntado sobre a aliança de Kalil com o ex-presidente Lula em Minas.
"É normal que as alianças partidárias aconteçam e exista esse tipo de discussão. Em Minas Gerais, temos nosso pré-candidato, que é o Alexandre Kalil. Há uma manifestada preferência dele de fazer aliança com o PT. É algo que o partido cuidará e no momento certo isso será efetivado", afirmou Pacheco.
Pacheco se encontrou com o governador Romeu Zema (Novo) no evento, mas disse que caminhará junto com o ex-prefeito de Belo Horizonte.
"Tendo um candidato do partido, que é o ex-prefeito Alexandre Kalil, e ele terá nosso apoio. E o candidato ao Senado, que é o senador Alexandre Silveira, também terá nosso apoio", afirmou.
Em relação às eleições, Pacheco afirmou que o principal compromisso do Senado é zelar pela liberdade de voto e da imprensa. "O Brasil precisa garantir seu processo eleitoral com respeito às liberdades, à imprensa e à Justiça Eleitoral. Preciso ter esse olhar geral para que tenhamos as eleições livres e limpas".
"Todos nós temos o compromisso genuíno, sincero e importante com a democracia em nosso país, de fazer valer a liberdade das pessoas, do Estado de Direito, as liberdades individuais e os direitos fundamentais. É muito importante que não nos abatemos nesse ambiente, que é o único possível para o progresso da nação", afirmou o presidente do Senado.
Reforma tributária
Ele também disse que é muito difícil a reforma tributária tramitar no Congresso em 2022. De acordo com o senador, o texto ainda é objeto de divergências entre parlamentares e a sociedade civil, o que deve atrasar sua análise na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
"A reforma tributária é muito complexa e reconhecemos as dificuldades de se ter convergência em relação a ela. Avançamos muito na concepção do texto, que é uma proposta de emenda à constituição nº 110. Está na relatoria do cidadão Roberto Rocha e há uma intenção de se pautar na Comissão de Constituição e Justiça, mas há resistência. Estamos buscando consensos. Em algum momento vamos ter de fazer a reforma. Nosso estado tributário é falho".