Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu inscrições para as entidades, organizações da sociedade civil e instituições de ensino superior que queiram participar das Missões de Observação Eleitoral (MOE). As missões têm como objetivo contribuir para o aperfeiçoamento do processo eleitoral e fortalecer a confiança pública nas eleições. O convite para que as entidades participem do processo eleitoral foi feito pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, na abertura da sessão plenária de ontem. “Faço, em nome da Justiça Eleitoral, um apelo, quiçá uma verdadeira convocação, às universidades, às entidades e organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas de ensino superior, públicas ou privadas, e institutos que pesquisam a temática eleitoral para que se credenciem”, disse o magistrado.
Leia Mais
Pré-candidatura de Carlos Viana tem resistência no próprio partidoPacheco prega respeito à Justiça Eleitoral e a imprensa nas eleiçõesMP investiga cachê pago em mais 24 municípiosLei eleitoral proíbe contratar, nomear e demitir a partir de hojeLula lidera com 45% no 1º turno, seguido de Bolsonaro com 34%, diz pesquisaZema e Kalil trocam farpas e acirram disputa pelo governo de Minas este anoEsta é a primeira vez que a Justiça Eleitoral faz um chamamento por meio de edital para as Missões de Observação Eleitoral. Em 2020, houve uma experiência-piloto, com a Transparência Eleitoral Brasil, mas agora o projeto será aberto a diferentes entidades do país que queiram participar. De acordo com o TSE, até o momento, seis instituições e organismos internacionais já estão previstos para participar de Missões de Observação para as Eleições 2022, um recorde.
Durante a abertura da sessão plenária, Fachin também criticou aqueles que levantam dúvidas sobre o sistema eleitoral. "Assacar inverdades, disseminar desinformação, criar celeumas fictícias, fermentar dúvidas infundadas contra o sistema eletrônico de votação – em vigor há 26 anos no país, sem qualquer indício de fraude comprovado – significa atentar contra a atuação escorreita da Justiça Eleitoral", disse, sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem continuadamente criticado o sistema eleitoral. Na segunda-feira, a Comissão Avaliadora de Teste Público de Segurança (TPS) emitiu o relatório final sobre os testes das urnas eletrônicas, concluindo que os resultados apresentados desde a primeira edição do TPS demonstram a maturidade dos sistemas eleitorais.