Em reunião na última quinta-feira (2/6), os partidos que compõem a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) deram início à construção do plano de governo, incluindo as medidas econômicas.
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Jair Bolsonaro convoca apoiadores à guerra contra "ladrões da liberdade"Ciro Gomes: Lula quer 'reescrever a história' de AlckminO grupo conta com dois participantes de cada um dos sete partidos envolvidos, e é coordenado pelo ex-ministro da Educação Aloízio Mercadante (PT). O grupo divulgou que o programa será estruturado em três eixos principais: “desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico, sustentabilidade socioambiental e combate à crise climática; e reconstrução do estado e da soberania e defesa da democracia”.
O documento produzido é preliminar, e precisa ainda ser aprovado pela coordenação da campanha e apresentado aos candidatos.
Na economia, uma das medidas discutidas entre os partidos é a revogação, pelo menos parcial, do teto de gastos, aprovado por Michel Temer em 2017. Uma ala do PT defende a revogação total da medida, e o próprio Lula em seus discursos, mas outros partidos da coligação querem uma abordagem mais moderada. Também é discutido um modelo de reforma tributária, com simplificação dos impostos e tributação de grandes fortunas.
Já na área social, os partidos querem a volta do programa Bolsa Família, substituído pelo Auxílio Brasil de Jair Bolsonaro (PL). Também reivindicam o aumento do salário mínimo acima da inflação, ampliação dos direitos trabalhistas — incluindo trabalhadores por aplicativo — e negociação das dívidas de famílias e empresas.
Na reunião de ontem (2), os partidos decidiram também pela criação de uma plataforma digital para que todos possam contribuir com ideias para o plano de governo. A ideia é que ela funcione por um mês para coletar sugestões a serem incorporadas no plano de governo, mas continuará a funcionar até o fim das eleições.