O envolvimento de governadores no esforço do governo federal para zerar o ICMS dos combustíveis e do gás de cozinha, com a convocação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, vai ter efeitos na eleição de outubro. A avaliação é de Denise Rothenburg, do Correio Braziliense.
A tentativa é colocar governo e oposição no mesmo barco, afirma a jornalista. "E virá, inclusive, com transferência de receita para compensar a perda de arrecadação.", diz o Blog da Denise.
"Quanto à oposição, a avaliação dos governistas é a de que os atores não terão muito poder de manobra. Aliados do presidente têm dito que agora é pegar ou largar e, nessa segunda hipótese, vem acoplada a perspectiva de arcar com as consequências de não aprovar a proposta — ou seja, não baixar os preços. Tudo agora terá reflexo eleitoral e, nesse sentido, o presidente Jair Bolsonaro (PL) atirou no alvo. Terá o discurso de que fez tudo o que estava ao seu alcance.", explica Rothenburg sobre a estratégia política da iniciativa de Bolsonaro.
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"Obviamente, os partidos ainda vão analisar a proposta de emenda constitucional. O texto ainda não chegou ao Congresso formalmente, mas as apostas de Lira e de líderes próximos ao presidente são a de que é possível fazer esse esforço para votar rapidamente. Só a presença de todos, no anúncio da proposta, indica união para salvar a lavoura — leia-se a eleição.", completa o blog.