
A reação ocorreu durante uma fala em que citava a discussão da tese do marco temporal da demarcação de terras indígenas. Em teoria, os povos originários só poderiam reivindicar terras ocupadas por eles antes da promulgação da Constituição de 88. O marco é defendido por ruralistas e interessados em explorar as terras.
"O Supremo está discutindo marco temporal no Brasil. Uma nova interpretação querem dar a um artigo da Constituição. E quem quer dar? O ministro Fachin, marxista leninista. Advogado do MST. O que eu faço se aprovar? Entrego a chave para os ministros do Supremo ou digo: ‘Não vou cumprir'", disse o líder do Executivo.
O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou contra a aplicação do marco temporal, enquanto Kássio Nunes Marques votou favorável. Não há estimativa de quando o assunto será retomado no STF.
Mais críticas ao Supremo
Durante sua fala, Bolsonaro também comentou sobre o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que havia sido cassado por disseminar fake news."Esse deputado não espalhou fake news. O que ele falou na live eu também falei para todo mundo, que estava tendo fraude nas eleições de 2018. Quando se apertava o número 1 já aparecia o 13 na tela e confirmava a votação, foram dezenas de vídeos, dezenas de pessoas ligaram para mim durante a noite naquela primeira votação do primeiro turno de 2018. Isso é uma verdade!", disse o presidente, sem apresentar nenhuma prova.