"A gente não vai ficar fora dessas eleições. A gente vai precisar de gente boa no Congresso, nos governos estaduais e nas assembleias", disse.
A fala do ex-juiz aconteceu durante um evento com cerca de 50 apoiadores para o lançamento do Movimento Organizado República e Ordem (MORO). O grupo pretende lançar candidatos próprios em vários estados, incluindo Minas Gerais.
"Estamos analisando a partir da decisão de ontem. Tenho várias alternativas a serem seguidas e queremos fazer algo bastante seguros dos passos a serem caminhados", declarou.
Moro, que daria entrevistas ao Estado de Minas e a rádios da cidade, cancelou as conversas justificando precisar avaliar as mudanças no cenário político antes de retomar os contatos com a imprensa. O ex-juiz também adiou uma palestra que daria na capital mineira.
"Se nosso objetivo agora está complicado e distante, vamos dar um 'recompasso'".
A decisão do TRE-SP impede que Moro tente ser deputado federal ou senador por São Paulo. Ele pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, volta a valer o registro residencial de Moro em solo paranaense.
Futuro de Moro está indefinido
O recurso que deu origem à decisão negativa a Moro foi impetrado pelo PT paulistano. O argumento foi que o ex-juiz não possui nenhum vínculo profissional na cidade, e que teria apresentado o endereço de um hotel como comprovante de residência.
"Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava-Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos. Mas é certo que não desistirei do Brasil", afirmou ele, ontem, pelo Twitter.
Moro ensaiou uma candidatura presidencial pelo Podemos. No União Brasil, partido para o qual se mudou no fim de março, o nome ao Palácio do Planalto é do deputado federal Luciano Bivar (PE). Por isso, é cotado a concorrer ao Senado ou à Câmara dos Deputados.
Embora não tenha tratado diretamente das possibilidades que tem caso não consiga o recurso junto ao TSE ou decida não tentar reverter a decisão, Moro pode, segundo "O Estado de S. Paulo", disputar a vaga paranaense de senador.