Durante um encontro com apoiadores na região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (8/6), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) evitou citar os nomes dos pré-candidatos à Presidência da República, mas, em vários momentos, mencionou indiretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A gente está vendo bandido sendo solto, concorrendo a eleição. Não teve nenhum país no mundo que deu certo elegendo bandido ou fundado em uma cultura de desonestidade", afirmou.
No evento, realizado em um hotel da capital mineira, Moro também falou que espera que algo aconteça para evitar o cenário polarizado entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Justiça e Segurança Pública.
"Vamos ver se a eleição vai ser polarizada mesmo. Eu ainda tenho esperança que um evento imprevisto possa acontecer", declarou.
Proibido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) de transferir o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo, Moro questionou a Justiça.
"Teve gente que foi condenada três vezes e absolvida por uma decisão política do tribunal. Já a gente, que luta contra a corrupção, está sendo perseguido", disse, em referência implícita a Lula.
Troca e desistência
Moro ensaiou uma candidatura presidencial pelo Podemos. No União Brasil, partido para o qual se mudou no fim de março, o pré-candidato a presidente é Luciano Bivar, deputado federal por Pernambuco. A ideia do partido era emplacar o ex-juiz na disputa pelo Senado ou na corrida às vagas de deputado federal.
Embora não tenha tratado diretamente das possibilidades que tem caso não consiga o recurso junto ao TSE ou decida não tentar reverter a decisão, Moro pode, segundo “O Estado de S. Paulo”, concorrer ao Senado pelo Paraná.