Cartão-postal de Belo Horizonte, a Serra do Curral é motivo do novo embate entre Assembleia Legislativa de Minas Gerais e o governador Romeu Zema (Novo).
Nesta quinta-feira (09/06), uma primeira reunião será feita para análise do tema no Legislativo e dará início oficialmente ao trâmite de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a Serra possa ser tombada em âmbito estadual.
Nesta quinta-feira (09/06), uma primeira reunião será feita para análise do tema no Legislativo e dará início oficialmente ao trâmite de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a Serra possa ser tombada em âmbito estadual.
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Após mobilização de diversas categorias, em especial segurança pública, saúde e educação, o Governo de Minas sugeriu reajuste salarial de 10,06% ao vencimento de todo funcionalismo público. O índice foi considerado aquém do esperado, e a ALMG passou para 14% a segurança pública e saúde e 33,24% a educação.
A ampliação, contudo, foi vetada pela ALMG, que conseguiu derrubar a ação do Governo de Minas. O caso acabou judicializado e, em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou ilegal o reajuste ampliado.
Último embate?
Com a proximidade das eleições gerais de 2022, em outubro, e o início do período eleitoral, há expectativa de que este seja o embate final entre Governo de Minas e ALMG neste mandato.
O mandato de Zema foi marcado por diversas disputas com a ALMG, que vão desde a questão fiscal e financeira até a acusação de apropriação de projetos que instituíram o auxílio emergencial mineiro durante a pandemia de COVID-19, a partir de março de 2020. "A Assembleia criou o auxílio emergencial de R$ 600", diziam peças publicitárias do Legislativo, consideradas indiretas ao Governo de Minas.
Os embates políticos também foram materializados por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): uma sobre a vacinação contra a COVID-19 entre servidores, findada em novembro de 2021, e outra sobre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), encerrada em fevereiro de 2022.